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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Superman

 



Blockbuster Superman [Superman, Estados Unidos, 2025], de James Gunn é divinamente humano ao mostrar o heroísmo que há nas pequenas coisas da vida, como cuidar de um cachorro (Krypto, um poderoso cão hiperativo), ou preparar um café da manhã, mesmo que à noite. Um herói movido pela crença e pela esperança na bondade da humanidade.

James Gunn sabe como contar uma boa história. Já vimos tantas vezes ele fazer isso nos cinemas. Nesse novo filme, que se apresenta como o primeiro longa-metragem da DC Studios a chegar às telonas, ele mantém seu estilo característico, e assume a nova história do super-herói original, neste recém-imaginado universo DC, com uma combinação singular de ação épica, recheada com humor e um bom drama para o coração, com um Superman movido pela empatia e compaixão.  

Na trama, Superman (David Corenswet) embarca em uma jornada para reconciliar sua herança kryptoniana com a sua criação humana e a rotina na pele do jornalista Clark Kent, do Planeta Diário, criado na cidade de Smallville no Kansas. Ele está com 33 anos vividos e perdeu sua primeira batalha para o Martelo da Borávia/Ultraman (um clone do Superman) criado pra ser um capanga de Lex Luthor (Nicholas Hoult, que entrega uma atuação magistral como o bilionário do ramo tecnológico que pretende destruir Superman). Quando Superman decide impedir a invasão de Jarhanpur planejada pela Boravia, a fim de salvar vidas inocentes, começa-se um debate na sociedade sobre as ações políticas do herói, em meio a divulgação de fake news e notícias propagadas na mídia televisiva.

Não vemos aqui um filme de introdução à personagem. Superman já se relaciona com Lois Lane (Rachel Brosnahan), que não é uma mera donzela em perigo, e já entra no jogo com sua inteligência e determinação, apesar de deixar claro suas divergências com Clark. Vemos também a atuação da Gangue da Justiça, que conta com Guy Gardner/Lanterna Verde (Nathan Fillion), Kendra Saunders/Mulher-Gavião (Isabela Merced) e o Michael Holt/Senhor Incrível (Edi Gathegi, que também rouba a cena sempre que aparece).

Uma cena específica chama a atenção, pois enquanto a Gangue resolve uma problema que acontece ao fundo (um alien gigante invandindo Metropolis), Clark lida com problemas digamos maiores, de cunho pessoal. Superman valoriza a vida acima de qualquer consequência política, mostrando como Clark ainda está aprendendo sobre sua missão a cada dia. Gosto muito da cena em que Clark conversa com seu pai adotivo. Ali me emocionei.

"Os pais não deveriam dizer aos seus filhos quem eles deveriam ser. Estamos aqui para dá-los todas as ferramentas. Para ajudá-los a se fazerem de tolos por conta própria. Suas escolhas, Clark, suas ações...é isso que faz de você quem você é. Te direi uma coisa, filho. Eu não poderia...estar mais orgulhoso de você." Jonathan Kent


Por mais que o filme tenha vários núcleos, o roteiro funciona conectanto todos na história, que por incrível que pareça, tem início, desenvolvimento e conclusão. Seja com a equipe do Planeta Diário, com os capangas do Lex Luthor, com a família Kent, ou com a Gangue da Justiça todos participam ativamente da trama e tem seus momentos. Imperdível. Vale o ingresso.

Segue trailer:


Segue prévia oficial dublada: