Paixão de Cristo - Igreja Cristã o Sr. é a Nossa Bandeira

No último sábado, 03 de abril, estive no Conjunto Industrial para assistir a encenação da Paixão de Cristo pelos amados irmãos daquela igreja.

Houve uma carreata pelo bairro divulgando o evento que à cada ano ganha proporções maiores.

Nunca tinha tido a oportunidade de assistir, mas sempre soube como os irmãos se dedicavam e como vidas eram tocadas através do ministério de teatro da igreja.

E dessa vez não foi diferente. Os irmãos pareciam atores de verdades, e os poucos erros que houveram foram irrelevantes no resultado final da peça. O pastor Ozair iniciou o 'culto' e fez também o encerramento.

A Paixão de Cristo começou de uma forma linda. A Débora Marques dançando atrás de uma cortina branca, exibindo sua sombra num efeito muito bonito. Em seguida Jesus lhe aparece e houve uma interação muito singela e tocante, com ela entregando seu coração a Jesus. Destaque para o efeito da sombra na entrada de Jesus e na saída dos dois.

O roteiro da peça foi elaborado de forma criativa, o que possibilitou uma edição dinâmica e nada cansativa. O ponto de vista central, era o do ladrão que foi crucificado ao lado de Jesus, e encontrou-se com ele no paraíso naquele mesmo dia.

O enredo iniciava quando o Hudson, que representava o ladrão, foi jogado na prisão, e passa a dialogar com os outros presos, Jardel, que seria o outro ladrão a ser crucificado e Douglas, que representava Barrabás, o ladrão que seria liberto por Pilatos...

Enquanto o preso 'cristão' arrependido de seus atos, falava para os demais sobre os feitos de Jesus, congelava a cena, fechava a cortina e abria-se a outra cortina para a encenação daquilo que foi comentado.

Foram encenados algumas passagens bíblicas, principalmente os milagres que eram realizados por Jesus, tais como: Ressurreição de Lázaro, cura do Cego de Jericó, a mulher (Nélida) pegue em flagrante adultério, A cura da filha (Kelly) de Jairo, a mulher (Mena) com fluxo de sangue que tocou as vestes de Jesus...
Ao final de algumas cenas havia também a participação do ministério de dança da igreja, muito bem maquiado e vestido, diga-se por sinal...

Entre cada passagem dessas, voltava para o cenário da prisão, e enquanto os presos ficavam irridatos pelo fato de um deles estar falando de Jesus, o preso arrependido insistia em contar os feitos de Jesus.

Quando cortava para o outro cenário, destaco uma galinha que havia no meio da multidão... Era engraçado, bem como as crianças de colo que ficavam dando tchau para o público...

Porém o maior destaque de fato é Jesus, foco de todas as atenções e que foi muito bem representado pelo irmão Antônio. Creio que o espírito santo estava sobre ele, e o guiou muito bem em cada aparição. A fala mansa do irmão Antônio me remeteu bastante a forma como Jesus agia para curar os enfermos e perdoar os pecadores...

Então chega o momento de Judas trair Jesus e este ser preso, julgado pelos sacerdotes (Valdélio, Vaguinho...) e por Pilatos (Glériston), então chega o momento mais emocinante, o da crucificação.

Quero destacar os efeitos sonoros da peça. Excelentes músicas fizeram parte do repertório, porém a Denise merece créditos por colocar sempre a trilha no momento correto, principalmente nos momentos de maior tensão...

Outro quesito que merece elogios é a iluminação. Os ambientes ficaram muito bem iluminados, ou não, quando necessário. A maquiagem e figurino também não deixaram a desejar.

Jesus carrega sua cruz, recebe a coroa de espinhos, é pregado na cruz e leva sobre si nossos pecados. Impossível não ficar emocionado com o maior ato de amor que já existiu...

No final Jesus aparece ressuscitado e todo o elenco sobe ao palco para louvar o grande feito do Senhor Jesus. Foi uma benção! E ano que vem estarei lá para assistir novamente!

Depois ainda fomos tietar alguns atores...

Após a peça ainda fui lanchar no 'Rei do Sanduiche' na Maraponga com alguns dos artistas... Esse fato me lembrou os tempos em que ia ao teatro e após o espetáculo tinha o direito de jantar com os atores...