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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Adeus ao Luiz Pereira Lima

Neste 1º de dezembro de 2010, estivemos participando do Adeus ao Luiz Pereira Lima, meu pai que faleceu na manhã do dia 30 de novembro de 2010. Houve uma missa de corpo presente na Igreja de São Pedro no Mucuripe, na Av. Beira-Mar. Próximo ao local onde o Pereira gostava de estar, em meio aos pescadores do mercado de peixes... Local também onde sofreu o infarto que lhe ceifou a vida. Próximo ao mar... Será difícil passar pelo local e não se lembrar dele...

O padre celebrou a missa, trazendo uma palavra muito alentadora para os vivos que ali estavam. Repetiu várias vezes que não estávamos celebrando a morte, e sim a vida que só temos em Jesus Cristo (João 14:6 - Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.)
Estiveram presente os familiares, amigos, e os pescadores, todos que tiveram o privilégio de conhecer a pessoa maravilhosa que era o 'Dudu'. Ele não era simplesmente bondoso. O Pereira sempre ostentou uma generosidade ímpar. Dedicou sua vida na causa de sua humilde profissão, a Pesca.

Apesar de sermos filhos bastardos, eu e minha irmã fomos muito bem acolhidos pela família legítima do Pereira. A Maria, sua esposa, nos dirigiu lindas palavras, que ficarão para sempre guardadas em nosso coração. Fiquei feliz pela demonstração de amor recíproca.

Após a missa, tive a honra de carregar o caixão do meu pai até o veículo que o transportaria para o cemitério. Uma atitude simples, mas que mexeu comigo. Não queria ter visto seu rosto inchado dentro do caixão... Apagarei aquela imagem da minha mente. Prefiro manter a lembrança do sorriso alegre que ele sempre exibia ao me encontrar... [lágrimas...]

Houve queima de fogos ao término da missa. Então nos dirigimos num cortejo fúnebre até o cemitério Jardim Metropolitano, onde o corpo do 'Dudu', meu pai, foi enterrado no jazigo 20692.

No cemitério foi o momento de maior emoção. Nos dirigimos ao local onde o caixão seria enterrado e o sentimento de tristeza e melancolia pairava no ar e no semblante de todos que ali estavam. A Maria ainda falou algumas sábias palavras, mas o adeus definitivo estava próximo.

Quando o caixão foi colocado na cova, não me contive. Chorei demais. Assim como os outros que ali estavam. Deixo aqui meus sentimentos aos irmãos, Luiz Neto, Meire, Luzilândia e Jimmy. Tive uma enorme vontade de abraçá-los. Sei um dia terei essa oportunidade. Ao menos pude consolar minha irmã Sulamita e meu irmão James. Nós sentimos a mesma dor. A dor de perder um pedaço de nosso coração, nosso pai. Sem ele, não estaríamos neste mundo. Pai, lhe seremos eternamente gratos pelas nossas vidas.

Nunca havia participado de um enterro. Cheguei a conclusão que de fato o Pereira não morreu. Ele continua vivo em minha mente, em meu coração, bem como na mente e no coração de cada um daqueles que o amou, e que certamente também foi amado por ele. E apesar dos pesares, sentirei saudades de você pai.

P.S.: Enquanto escrevo estas palavras, um choro copioso me atinge. Escrevo com um coração totalmente quebrantado. De modo que hoje, não sou o mesmo de ontem, que escrevi algumas palavras um tanto quanto ríspidas neste mesmo blog (vide post anterior, escrito ao saber da morte do meu pai) Não me arrependo de nada do que escrevi, apesar de ter feitos alguns 'ajustes' no post. Fui extremamente sincero em minhas palavras, como procuro sempre ser em minha vida. Fui criticado por uns, elogiados por outros, mas compreendido por todos. Que o amor de Deus, que excede todo o entendimento encha os nossos corações. Amadureci muito como ser humano nestes dois últimos dias. Um forte abraço, e meus agradecimentos a todos que de alguma forma me ajudaram a passar por esse momento.

8 comentários:

  1. Imagino como deve estar sendo dificil esse momento pra vc... é até dificil escolher as palavras que sirvam de consolo...
    Mas o mais importante é saber que Deus não nos desampara e sabe o que é melhor pra gente...
    Tenha fé e esperança, com certeza aquele abraço ainda será dado...

    Fique em paz!

    Livia

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  2. Agradeço a essa pessoa maravilhosa que foi meu pai por ter me dado um irmão tão especial como vc. Ontem eu estava cheia de mágoas mas hj percebi que acabaram, vão ficar boas lembranças dos poucos momentos que passamos com ele. Hj em seu enterro foi muita dor,meu paizinho vou sentir sua falta. Descanse em paz...

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  3. Ronald, meus pêsames, sinto muito pela perda do seu pai, sei como é isso pois infelizmente perdi o meu há 10 anos. Mas, temos um Deus consolador que nos conformar e nos força de continuarmos a jornada, agora você vai ser papai e vai saber educar seu filho da melhor maneira possível, diferentemente como foi educado, afinal na vida tudo se tira uma lição.
    Tudo de bom.

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  4. Sei o que você sente nesse momento,é a mesma dor que transborda em meu peito quando lembro do meu avô (Zé Cardoso) que me foi ausente,sinto falta dos momentos que não tive com ele,ele se foi e descobri o quanto ele me faz falta!Se a tristeza tomou conta de você no dia de hoje, silencie.
    Se pessoas falaram de ti e se te julgaram, silencie.
    Se a magoa te faz chorar, silencie.

    Saiba que Deus tudo vê, nada escapa de seus olhos.
    Pois Ele conhece o coração dos maus e bons
    Nada foge de seus olhos
    Não queira revidar e nem discutir
    Eu sei que dói, ainda mais quando são pessoas próximas de ti.

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  5. Os dias estao passando e eu nao consigo digerir o que aconteceu, nao consigo acreditar que perdi meu pai. A cada dia penso que ficarei melhor mas é mera ilusão,parece que fico pior, a tristeza aumenta a saudade aperta , a perda dói.Choro muito, nunca imaginei que ficaria assim mas é seu sangue que corre na minha veia e agorra escorre no meu rosto. Meu Pereirinha (assim eu o chamava carinhosamente)nao sei mais o que fazer pra preencher esse vazio que sinto no meu peito. Descanse em paz, vou ficar bem nao sai da minha memoria aquele sorriso lindo e aquele abraço sincero que vc me dava qdo me via e qdo via sua netinha Sara. E é assim que vou procurar lembrar de vc. Qdo eu quizer ficar pertinho de vc irei na praia do Mucuripe (lugar onde nos encontrávamos)e eu sei que irá me confortar, vou ouvir tua voz e vou sentir aquele abraço apartado...
    Meu irmaozinho Ronald que Deus te abençoe com teu filho e te faça ser o pai que vc não teve.

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  6. A perda do pai começa a nos ensinar o valor com o tempo.
    O que não fizemos, a visita e o gesto adiados, a palavra não dita, a compreensão não exercida, o papel fundamental da vida, a convivência, a advertência desdenhada, o convite abandonando sem resposta, o interesse desinteressado, tudo isso volta, massacrante, cobrando-nos o egoísmo, na falta de entendimento, a compreensão, nos desdobramento de famílias, bastardas ou não, surgirão a compreensão, o sentido da vida, união de seus ente queridos, suas raízes, seus filhos, a aproximação daqueles que não se viam, não se aceitavam, o amor de DEUS construiu com a sua partida.
    O tempo deixa de ser exercício de desperdício gratuitos e começa a se transformar num bem maior: o que ensina a arte de uma convivência que com ele nunca se soube exercer e, já, tempo não há de recuperar.

    Saudades Eternas Pai.

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  7. A perda do pai começa a nos ensinar o valor com o tempo.
    O que não fizemos, a visita e o gesto adiados, a palavra não dita, a compreensão não exercida, o papel fundamental da vida, a convivência, a advertência desdenhada, o convite abandonando sem resposta, o interesse desinteressado, tudo isso volta, massacrante, cobrando-nos o egoísmo, na falta de entendimento, a compreensão, nos desdobramento de famílias, bastardas ou não, surgirão a compreensão, o sentido da vida, união de seus ente queridos, suas raízes, seus filhos, a aproximação daqueles que não se viam, não se aceitavam, o amor de DEUS construiu com a sua partida.
    O tempo deixa de ser exercício de desperdício gratuitos e começa a se transformar num bem maior: o que ensina a arte de uma convivência que com ele nunca se soube exercer e, já, tempo não há de recuperar.

    Saudades Eternas Pai.

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  8. A perda do pai começa a nos ensinar o valor com o tempo.
    O que não fizemos, a visita e o gesto adiados, a palavra não dita, a compreensão não exercida, o papel fundamental da vida, a convivência, a advertência desdenhada, o convite abandonando sem resposta, o interesse desinteressado, tudo isso volta, massacrante, cobrando-nos o egoísmo, na falta de entendimento, a compreensão, nos desdobramento de famílias, bastardas ou não, surgirão a compreensão, o sentido da vida, união de seus ente queridos, suas raízes, seus filhos, a aproximação daqueles que não se viam, não se aceitavam, o amor de DEUS construiu com a sua partida.
    O tempo deixa de ser exercício de desperdício gratuitos e começa a se transformar num bem maior: o que ensina a arte de uma convivência que com ele nunca se soube exercer e, já, tempo não há de recuperar.

    Saudades Eternas Pai.

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