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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Terapia

Estou fazendo terapia. Não, não estou visitando nenhum terapeuta. Aliás não creio que precise de nenhum tratamento. A meu ver, faço isso semanalmente no grande ajuntamento da Igreja Batista Central em Fortaleza e nas reuniões do Pequeno Grupo que frequento. No entanto, este tipo de tratamento sempre me interessou.

No entanto, ouvindo o rapaduracast 282, sobre Cinema, Games, Livros e Quadrinhos #5, me interessei na dica de quadrinhos do Fábio Barreto, recomendando a HQ virtual 'Terapia', disponível em: http://petisco.org/terapia/

Quando criança, gostava dos quadrinhos da Turma da Mônica, dos Trapalhões, mas com o passar do tempo, perdi o gosto por essa arte. No entanto, achei interessante a proposta desta WebComic e comecei a ler. Sempre tive curiosidade acerca de como funciona uma terapia. Inclusive, gosto de cenas de filmes que abordam de alguma maneira esse tema.

Com esse quadrinho, fui apresentado a um jovem intrigante, que como tantos outros enfrenta os problemas próprios dessa fase de vida. Mesmo com uma vida aparentemente normal para um jovem de uma cidade grande, o personagem central, um rapaz anônimo que não se sente feliz. De certa forma sei muito bem o que pode preencher o vazio dessa juventude, mas esse post não é sobre esse assunto... Já escrevi até demais no primeiro parágrafo...

O fato de não desconfiar o motivo da tristeza que sente apenas aumenta sua angústia. Com vinte e poucos anos, ele estuda e trabalha, tem uma boa família e uma namorada, mas sente-se constantemente deslocado, como se cada momento que vivesse não fizesse parte de sua vida ou apenas servisse para aumentar o número de questões às quais não sabe responder.

Assim, conversando com seu terapeuta (cada caítulo é uma visita ao terapeuta), ele passa a questionar diversos aspectos de sua vida e de sua forma de agir, seja explorando situações que enfrenta no presente ou que se recorda ter vivido anos atrás. Nestas consultas, ele expõe suas dúvidas e temores, vasculha sua essência e seus sonhos em busca de um fio condutor que possa ser usado para costurar o que ele sente, vive e deseja. E, em meio a tudo isso se refugia em velhas canções de blues, cujas letras empoeiradas parecem lhe explicar o mundo e a si próprio de uma forma muito mais satisfatória que os acontecimentos reais.

Essa ligação da HQ com a música é muito interessante. Curto Blues, mas não ouço constantemente. A arte dos quadrinhos também chamou minha atenção. O roteiro primoroso. Parabéns a todos os envolvidos (Rob Gordon, a Marina Kurcis e Mario Cau). Terapia me conquistou e já estou recomendando.

Terapia é atualizado toda quarta-feira com uma nova página de quadrinhos. Estou acompanhando! O problema foi ter lido tudo e agora ter que ficar aguardando uma página por semana...

Um comentário:

  1. Oi, Ronald!
    Obrigado pelos elogios e apoio!

    Só duas coisas: V escreveu "ao Marina", mas é "à Marina"! Olha que ela fica brava, hein? eheheh

    E outra, vc escreveu os parabéna a toda a equipe, em especial a... toda a equipe? ehehe Rob, eu e Marina fazemos o Terapia, não tem mais ninguém envolvido, salvo o Cadu, nosso editor do Petisco.

    Abraço!

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