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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Orgulhosa Demais, Frágil Demais no Teatro dos Correios


Na tarde/noite do dia 31 de janeiro de 2014, fui ao Teatro dos Correios no Centro Cultural dos Correios no Rio de Janeiro, conferir o espetáculo "Orgulhosa Demais, Frágil Demais".

Em 1962, um grande evento em comemoração dos 45 anos do então presidente americano John Kennedy reuniu duas divas: a cantora lírica Maria Callas (1923-1977), convidada a entoar árias de Carmen, de Bizet, e a atriz Marilyn Monroe (1926-1962), que assombrou os presentes com uma sensual interpretação de "Happy Birthday tou you" o nosso Parabéns a Você!

A peça teatral "Orgulhosa Demais, Fragil Demais" de Fernando Duarte, inspirado no romance de Alfonso Signorini, sob a direção de Sandra Pêra e com a realização da Voleio Produções, estreiou em 13 de dezembro no Teatro do Centro Cultural Correios, no centro do Rio, e ficará em cartaz até 2 de fevereiro (7 semanas).

Estrelada pela atriz Samara Felippo (que atrasou um pouco neste dia, devido o trânsito na Linha Amarela), interpreta a grande Diva do cinema Marilyn Monroe, uma das mulheres mais desejadas do mundo, e por Rita Elmor, na pele da soprano Maria Callas. A história se passa dentro do camarim de Marilyn, na noite histórica em que as duas cantaram para o Presidente John Kennedy no Madison Square Garden, em Nova York.





A partir desse episódio real, o autor Fernando Duarte criou um diálogo fictício entre as duas personagens. Confesso que o diálogo é realmente crível, haja visto os acontecimentos posteriores na vida de ambas.
Sob a ótica feminina, temas como insegurança, solidão e vaidade aparecem nesta conversa de tintas documentais, ancorada basicamente na exposição de fatos da vida das duas. Assim, o texto soa indeciso entre o drama e a comédia, e apenas insinua, sem nunca levar a cabo, conflitos potencialmente interessantes que poderiam surgir das diferenças de personalidade entre a austera Callas (Rita Elmôr) e a esfuziante Marilyn (Samara Felippo).
Samara Felippo está mais linda do que nunca. Um pouco estranha loira, é verdade, mas com um corpo malhado e escultural, ela conseguiu encarnar a persona de Monroe, tanto o lado mais efusivo, mas principalmente o o lado dramático.

Rita Elmor está muito correta em seu papel. Com a classe de sua personagem, ela pediu desculpas à plateia pelo atraso na apresentação. Sua frieza e solidez, confere um equilíbrio sensacional a peça, embora a Samara Felippo roube a cena. Acho inclusive que ela verdadeiramente encarnou o papel de Marilyn Monroe, de modo que o pequeno atraso foi mais um fetiche que de sua personagem...
A direção de Sandra Pêra dribla o problema da diferença de personalidade, investindo na dinâmica entre as atrizes, que estão ótimas e convincentes em suas personagens. O figurino está correto, a trilha sonora é interessante, pois são tocadas as músicas que foram entoadas na festa ao presidente. A duração do espetáculo é de apenas 60 minutos, o que pode parecer muito para um diálogo entre duas pessoas, mas se mostra rápido e ágil.
Segue teaser:





Segue algumas cenas:





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