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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Exposições no Centro Cultural da Justiça Federal

Na tarde do dia 29 de janeiro de 2014, estive no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro. Localizado na Cinelândia, na Av. Rio Branco, o CCJF oferece uma vasta programação cultural. Estive em 4 exposições, duas de fotografia: Tempos de Chumbo, Tempo de Bossa: Os Anos 1960 pelas lentes de Evandro Teixeira e Nude; e duas de artes plásticas: Como se não houvesse espera e A Realidade é só uma forma.

Tempos de Chumbo, Tempo de Bossa: Os Anos 1960 pelas lentes de Evandro Teixeira
A exposição apresenta registros de um dos ícones do fotojornalismo brasileiro. Evandro revela momentos históricos do Rio de Janeiro após o golpe militar de 1964. Paralelamente, imagens de um Rio cheio de bossa ressaltam o olhar atento do fotógrafo às diversidades do contexto. Manifestações de rua, repressão e dor se contrapõem à descontração da música, da praia e da moda carioca.Percebi claramente semelhança entre as manifestações da década de 60 com as manifestações de junho/2013. Interessante também alguns crachás expostos do jornalista, de vários eventos, até o da Copa das Confederações 2013.
Nude
A melhor exposição que vi, foram as fotos de Henrique Pontual, onde ele apresenta obras nas quais utiliza técnica pessoal, que resulta em imagens de grande suavidade visual, assemelhando-se a desenhos feitos a lápis sobre superfície branca. As imagens expressam a nudez sem máscaras sociais, como um sinônimo de pureza, e propõe uma autoanálise coletiva sobre o corpo, quebrando os paradigmas da moralidade. Muito bonito o olhar do artista sobre o corpo humano.

Como se não houvesse espera
A exposição apresenta recorte da produção de um grupo de jovens artistas da cidade do Rio de Janeiro. Foram selecionadas obras de Elisa Castro, Eloá Carvalho, Luane Aires, Maria Mattos, Patrizia D’Angello, Raul Leal, Rebeca Rasel e Viviane Teixeira. Pinturas, fotografias, desenhos e vídeos revelam uma linha curatorial que explora situações e temas relacionados a silêncios, pausas, partidas e esperas. Interessante era o binóculo colocado na janela, para vermos na vida real, algumas pessoas em situação de espera, especialmente os traseuntes que estavam no ponto de ônibus em frente ao CCJF. Muito interessante.

A realidade é só uma forma
A mostra apresenta trabalhos híbridos de Anna Costa e Silva, Gab Marcondes e Elisa Pessoa, estabelecendo desdobramentos entre palavra, imagem e som. As artistas refletem sobre processos de significação/ressignificação e perguntam como se constrói um discurso e sua relação com o outro. Interessantes ouvir alguns diálogos disponíveis numas cabines.

Muito interessante cada mostra. Recomendo demais uma visita ao CCJF. E o melhor de tudo: é gratuito!










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