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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Filme: Philomena



Na madrugada do dia 22 de fevereiro de 2014, vi ao filme Philomena, baseado no livro de mesmo nome, do autor Martin Sixmith e um dos indicados a melhor filme no Oscar 2014, nas categorias de Melhor Filme, Atriz (Judi Dench), Roteiro Adaptado e Trilha Sonora. Não deve ganhar em nenhuma categoria, talvez ganhe Roteiro Adaptado nada mais. No entanto, tirando a Trilha Sonora, as demais indicações são todas válidas.

O filme denuncia irmãs de um convento ao contar uma história verdadeira que ocorreu na Irlanda em 1952, quando Philomena Lee (Judi Dench) tem seu filho recém-nascido tirado de si, em função dela ser mandada ao convento, quando descoberta sua gravidez. Antigamente esta era a forma dos pais resolverem o problema de uma gravidez indesejada. A montagem das cenas iniciais, mesclando cenas do presente com as memórias do passado exibe uma sequência extraordinária.

No convento, as mães passam pouco tempo com seus filhos, até que as irmãs encaminhem as crianças para adoção. O filho de Philomena é adotado junto com outra bebê por um casal americano, assim a mãe perde definitivamente o contato com seu filho.

Anos depois, ao sair do convento, Philomena começa uma busca incessante pelo seu filho, para isso, conta com a ajuda de Martin Sixsmith (Steve Coogan), um jornalista de temperamento forte, que foi demitido de seu recente trabalho por suas fortes declarações como jornalista quando criticava o governo.

Desempregado, Martin se propõe a escrever um livro, mas decide ajudar Philomena, formando uma amizade curiosa ao ir conhecendo ainda mais a impressionante história da mulher. Eles viajam então para os EUA e descobrem informações incríveis sobre a vida do filho de Philomena, fortalecendo ainda mais o intenso laço de afetividade entre os dois.

A descoberta do falecimento seu filho, não é o ponto alto do filme. Ela descobre que ele se tornara homossexual e vivia numa relação estável com outro homem. Ela então vai de encontro a este homem para descobrir mais acerca de seu filho, é quando fica sabendo que ele fez questão de ser enterrado onde havia nascido, no covento na Irlanda, contrariando inclusive a vontade de seus pais adotivos. Que forma sutil de tratar um tema tão em voga no cinema ultimamente. Esse filme sim deveria fazer parte das Mostras do Cinema Gay, não as promiscuidades que eles exibem...

É quando vem a brilhante cena final, que certamente levou o filme a ser indicado ao Oscar e ser recomendado inclusive ao Papa Francisco. Philomena e Martin invadem literalmente o convento para buscar satisfação com a madre superior. Martin se mostra indignado por ela ter escondido essa verdade da mãe biológica. Já Philomena, numa atitude altamente cristã, perdoa a irmã e pede apenas que ela informe onde encontra-se o túmulo de seu filho.

Não é fácil perdoar. Nas circunstâncias apresentadas pelo filme, onde uma mulher teve um filho tirado de si, deve ser ainda difícil de conceder o perdão. Martin, vivenciou essa busca de Philomena pelo filho e reagiu como qualquer pessoa ao saber da história reagiria, no entanto, a mais afetada com tudo isso, que suportou a dor do sofrimento ao longo de toda a sua existêencia, consegue perdoar com uma facilidade impressionante. Viveríamos bem melhor se não guardássemos tanta amargura.


Jesus falou que "se perdoarmos as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também perdoará vocês. Mas, se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não perdoará as ofensas de vocês." Mateus 6:14-15. Em outra passagem vemos Jesus instrui: "Não julguem e vocês não serão julgados. Não condenem e não serão condenados. Perdoem e serão perdoados." Lucas 6:37

O filme não é sentimentalista (tinha tudo para ser), mas somos conduzidos pela narrativa rápida de maneira que nos envolvemos com a história, mas não somos levados às lágrimas facilmente. O filme segue a receita para agradar público, crítica e membros da academia. Assim, o filme remete a outro sucesso do diretor Stephen Frears, "A Rainha" (2006). Recomendo, Nota: 7/10.

Segue trailer:

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