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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Filme - Interestelar em 4DX

Na noite deste 6 de novembro de 2014, tive a oportunidade de ver o novo filme do Sr. Christopher Johnathan James Nolan, Interestelar, na sala 4DX do Cinépolis do Shopping RioMar Fortaleza. Estava acompanhado do Márcio Oliveira do Callango Nerd, o mesmo que fez o visual deste Blog.
Nolan já havia explorado o mundo nebuloso dos sonhos em A Origem (2010), protagonizado por Leonardo Di Caprio, onde o diretor nos proporcionou uma viagem pela consciência humana, chegando ao mais profundo do subconsciente humano. Agora com Interestelar, Nolan adentra num "universo" um tanto quanto desconhecido, o da astrofísica, brincando com conceitos do multiverso e do multitempo. Que experiência fabulosa! Fiz uma literal viagem no tempo e no espaço...


Os filmes de Nolan não são comuns, são verdadeiros experimentos, capazes de mexer com o espectador, fandendo-o pensar, refletir, rever conceitos, etc. Com uma complexidade um tanto quanto didática, Nolan não menospreza a inteligência da platéia, e vai narrando sua história de forma única. Como disse em relação ao seu filme anterior, temos aqui outro blockbuster/obra-prima, pois o longa de metragem de quase 180 minutos consegue ser cult e pipocão ao mesmo tempo.
O filme inicia apresentando a vida do fazendeiro Cooper (Matthew McConaughey, perfeito no papel), que vive numa cidade interiorana, num lugar não especificado dos EUA. Ele vive com sua filha Murph (Mackenzie Fox quando pequena, e Jessica Chastain quando adulta, ambas excelente em seus importantes papéis), seu filho Tom (Timothée Chalamet adolescente e Casey Affleck quando adulto) e seu sogro Donald (John Lithgow). Eles sofrem com as constantes tempestades de areia e incêndios que afetam a região. Cooper é um ex-piloto da Nasa, que após a morte da esposa e de um acidente quase fatal, passou a dedicar-se a família.
O filme se passa num futuro apocalíptico não muito distante, com a Terra consumindo boa parte de suas reservas naturais. Enquanto os estudos avançaram no campo da tecnológia, os seres humanos se veemobrigados a retroceder devido a escassez de alimentos. Enquanto isso, um grupo de astronautas da Nasa recebem a missão de verificar possíveis planetas para receberem a população mundial, possibilitando a continuação da espécie. Cooper é convocado para liderar o grupo e aceita a missão sabendo que pode nunca mais ver os filhos... Ao lado de Brand (Anne Hathaway, discreta mas correta), Jenkins (Marlon Sanders) e Doyle (Wes Bentley), ele seguirá em busca de uma nova casa.
A chance de sobrevivência humana é um wormhole (buraco de minhoca) que teria se aberto próximo a Saturno e encontrar uma nova galáxia, distante vários anos-luz da Terra e já visitada por outros astronautas, como o Dr. Mann (Matt Damon). Com o passar dos anos, sua filha Murph investirá numa própria jornada para também tentar salvar a população do planeta... Revelar mais do que isso, seria contar spoiler do filme, o que não pretendo fazer. O que quero e isso sim farei assim que possível, é ver o filme em Imax, pena que as sessões legendadas sejam tão tardias...

Comparações que estão sendo feitas pelos críticos (cito a Ana Maria Bahiana), com 2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968) de Stanley Kubrick são válidas. O filme é uma ode ao voo espacial humano, então podemos acresentar na lista de comparações, filmes como Guerra nas Estrelas (1977), Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977), Alien, o Oitavo Passageiro (1979) e Blade Runner, o Caçador de Androides (1982), Contato (1997) e tantos outros, até mesmo Gravidade (2013), que diante de Interestelar parece pequeno. Certamente todos estes servirão de inspiração.
O roteiro é baseado na obra do físico teórico, Kip Thorne. Ele descreveu a história como "baseado em um deformado espaço-tempo - os eventos mais exóticos do universo de repente tornam-se acessíveis para os seres humanos". O lance do buraco da minhoca, aborda de forma hipotética o continuum espaço-tempo, ou seja, um atalho através do espaço e do tempo. A montagem de Lee Smith é digna de elogios, pois não é fácil manter um ritmo num filme de 169 minutos.

A trilha de Hans Zimmer está perfeita. Consta a informação que Nolan não forneceu a Zimmer um script ou quaisquer detalhes da trama, para que ele pudesse escrever a música para o filme, ao invés disso, Nolan teria dado ao compositor um texto de uma página, que tinha mais a ver com a história [de Zimmer] do que o enredo do filme. Ela provoca uma imersão plena da alma no longa.
O elenco está magnífico. Nolan tinha os efeitos visuais do filme criados com antecedência, e eles eram projetados em telas durante as filmagens da nave espacial, por isso, quando os atores olhavam para fora das janelas de sua embarcação espacial, eles eram capazes de ver e reagir a um ambiente real e não uma tela verde. Afora os atores já citados, acrescento as brilhantes participações especiais dos ganhadores de Oscar Michael Caine, Ellen Burstyn e Matt Damon.
Filme para ser visto, revisto, pensado e repensado. Levando em conta que o filme tem 169 minutos de duração e custo de produção aproximado de  U$$ 165 milhões, o filme finalizado carrega um preço de aprox. U$$ 976,331.36 por minuto. Valeu cada centavo investido ao trazer um impacto emocional e existencial capaz de lhe tirar o sono. Espero que este filme não tenha prejuízo. Muito, mas muito recomendado mesmo, com todas as minhas forças. Nota: 10,0/10,0

Segue trailer:


2 comentários:

  1. Adorei esse filme e meu favorito é outro dele, o, com o perdão do trocadilho, inesquecível "Amnésia".

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  2. Também assisti na sala 4DX no RioMar, mas na minha sessão o único efeito foi o movimento das cadeiras. Não houve água, vento, aroma...Fiquei um pouco decepcionado com isso, esperava mais. Como foi na sua sessão?

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