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segunda-feira, 6 de março de 2017
Aliados
Drama Aliados (Allied, Reino Unido/EUA, 2016), de Robert Zemeckis desperdiça o potencial de ser um novo Sr. e Sra Smith (2005) de Doug Liman, substituindo Jolie por Cottilard, sendo que não sei se o casal foi mal aproveitado, ou em que ponto o roteiro de Steven Knight se torna desinteressante a ponto de não nos interessarmos pelo que irá acontecer aos dois protagonistas.
O filme apresenta a história do oficial de inteligência Max Vatan (Brad Pitt) que literalmente desce de paraquedas no deserto africano em 1942 para encontrar a agente da Resistência Francesa Marianne Beausejour (Marion Cotillard) em Casablanca, no Marrocos, quando participam juntos de uma missão perigosa na fronteira inimiga, disfarçados de marido e mulher, com o objetivo de eliminarem um embaixador nazista. Ao apresentar os costumes locais, como quando os maridos vão dormir no telhado após fazerem amor com suas esposas, lembrei-me da vitória do Raja Casablanca por 3 x 1 contra o Atlético-MG no mundial de clubes de 2013... Deve ter havido farra nas lajes lá pelo Marrocos...
Quando o casal volta para Londres, eles estão apaixonados e iniciam uma relação familiar que é ameaçada por circunstâncias extremas da Guerra. Inclusive o filme apresenta uma cena não convencional, da filha deles nascendo em meio aos bombardeios da guerra. Algo extremamente desnecessário. Os problemas começam quando surgem suspeitas sobre uma conexão entre Marianne e os alemães.
Intrigado, Max decide investigar o passado da companheira e recebe a incumbência de ter ter que matar sua esposa e mão de sua filha, tendo que confrontar seus sentimentos com a razão do trabalho que ele desempenha. Aí vem o questionamento, você mataria alguém que você ama, para cumprir um dever, uma ordem dada por um superior?
Elogiar Zemericks é chover no molhado. Esse filme não está no rol de seus melhores (Trilogia De Volta Para o Futuro, Forrest Gump: O Contador de Histórias, O Náufrago, O Vôo, A Travessia), mas fica notório que ele tem total domínio do que é mostrado em tela, utilizando no piloto automático técnicas cinematográficas antigas, para imergir a plateia no longa. O prólogo do filme carregado de suspense é tenso e muito bom, as cenas de sexo do segundo ato são bem filmadas, mas no clímax, ou anticlímax (como queiram) o filme perde sua força, terminando de forma romântica. Aliados foi indicado ao Oscar 2017 de Melhor Figurino. Não venceu, mas fez por merecer essa lembrança.
Assista ao trailer de Aliados:
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