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quinta-feira, 2 de março de 2017

Logan em IMAX


Brutal como o personagem sempre deveria ter sido, Logan (EUA, 2017), de James Mangold marca a despedida de Hugh Jackman do personagem que o consagrou nos cinemas, num road movie que parece um faroeste, e que sabe dosar o tom de violência, de humor, melancolia e de emoção ao abordar temas relevantes como a paternidade, a velhice e a missão que temos nessa vida. É um filme de HQ sem cara de filme baseado em herói de quadrinhos...

Em um futuro próximo (ano de 2029), um cansado Logan (Hugh Jackman) ganha a vida como motorista de Uber, dirigindo uma limousine de luxo, para conseguir arrecadar grana para cuidar do nonagenário e enfermo Professor Charles Xavier (Patrick Stewart) que luta contra o Alzheimer (a doença mais poderosa da mente, na mente mais poderosa do mundo) em um esconderijo na fronteira mexicana. É quando vemos Logan como filho, cuidando do idoso que lhe foi praticamente um pai adotivo. O salmista diz que "
Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!" Salmos 90:10


Acontece que as tentativas de Logan de se esconder do mundo e de seu legado de X-Men são interrompidas quando ele é encontrado por por Gabriela (Elizabeth Rodriguez), uma mexicana que precisa de sua ajuda. Não sabemos ao certo o que aconteceu com os mutantes, embora o filme cite alguns acontecimentos, que certamente aniquilaram muitos mutantes. O que sabemos é que eles são raros e agora geneticamente modificados, ou clonados.




Logan se mostra debilitado fisicamente pois seu poder de regeneração está diminuindo com o tempo. Além disso, ele está esgotado emocionalmente, tanto que se recusa a voltar à ativa, Até que é confrontado por um mercenário, Donald Pierce (Boyd Holbrook), que está interessado na menina Laura Kinney / X-23 (Dafne Keen), sob a guarda de Gabriela. que aos poucos vai construindo uma relação com o pai (porque não, se é o mesmo DNA) e assim passa a desenvolver um vínculo muito forte com Logan, com o temperamento que conhecemos, tendo que literalmente lidar com uma criança.


Há uma lembrança e inclusive uma citação direta ao clássico Os Brutos Também Amam (Shane, 1953) de George Stevens, que se assemelha e muito a proposta desse filme a nível de roteiro. Posso até estar exagerando, mas eu daria fácil uma indicação ao Hugh Jackman como melhor ator por esse filme, e principalmente lembraria de Patrick Stewart como ator coadjuvante. É aguardar o Oscar 2018 pra ver... São duas atuações muito boas, de quem conhece muito bem cada personagem.



O filme apresenta um futuro para os X-Men, deixando claro como a vida se renova e aquilo que um dia foi plantado, certamente será colhido. O legado do Professor Xavier permanece e a lição de que não precisamos pagar o mal que fizeram a nós, com mal. Como diria o apóstolo Paulo "Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bemRomanos 12:21". 

ALERTA DE SPOILERS!
O filme me fez chorar em duas cenas lindas. A primeira é a morte e sepultamento do Prof. Xavier... É de apertar o coração. A segunda quando os "novos mutantes" sepultam o Wolverine e a X-23 pega a cruz e a coloca no formato de um X. Simplesmente espetacular!

Segue trailer de Logan:

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