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quinta-feira, 8 de junho de 2017

A Múmia



Fantasia assustadora A Múmia (The mummy, EUA, 2016), de Alex Kurtzman aposta no carisma de Tom Cruise para emplacar a retomada de uma das franquias da Universal, o chamado Dark Universe. O filme possui excelentes efeitos visuais e maquiagem, uma história até certo ponto crível, além de momentos de humor ao longo da projeção, num roteiro simples do jeitinho que um Blockbuster pipoca tem que ser...
Os monstros clássicos do terror vez por outra ressurgem nos cinemas. Exemplos não faltam: A Múmia, Lobisomem, Drácula, Frankenstein, Homem Invisível, curiosamente eles se tornaram quase que uma Franquia, além de ser uma das marcas registradas da Universal, com lançamentos desde os anos 1930. Em 1999, a Múmia voltou em uma nova franquia, protagonizada por Brendan Fraser, que arrecadou US$ 817 milhões no mundo com dois filmes, que não guardam nenhuma relação com este. A expectativa foi de apresentar a personagem para uma nova geração e estabelecer o chamado Dark Universe. Logo no início o roteiro nos diz "Bem-vindo a um novo mundo de deuses e monstros" em referência ao filme A Noiva de Frankenstein (1935).


Na trama, uma antiga princesa do Egito antigo, Ahmanet (Sofia Boutella) faz um pacto com Set, o Deus da Morte, para assassinar seu pai e ascender ao trono. Só que o plano fracassa e ela acaba sendo aprisionada e mumificada viva, numa cripta abaixo do deserto, sendo que ela despertará nos dias atuais acordada por Nick Morton (Tom Cruise) e e Chris Vail (Jake Johnson), que são militares, saqueadores e caçadores de tesouros, ao lado da pesquisadora Jenny Halsey (Annabelle Wallis), eles investigam a tumba recém-descoberta e, acidentalmente, despertam Ahmanet. Ela logo elege Nick como seu escolhido e, a partir de então, busca a adaga de Set para que possa invocá-lo no corpo do saqueador.

A múmia tenta desafiar a compreensão humana com sua malevolência e terror. O filme propõe cenas nas deslumbrantes areias do Oriente Médio até labirintos escondidos sob a Londres de hoje, o filme traz um equilíbrio entre maravilhas e emoções, buscando despertar no público o imaginário e introduzir um novo público no mundo de deuses e monstros para o cinema.
No elenco, além de Tom Cruise, que costuma não usar dublês o que fica muito evidente nas cenas de ação que ele participa. A cena da queda do avião é inacreditável. A francesa/argelina Sofia Boutella que foi apresentada no videoclipe Hollywood Tonight de Michael Jackson está bem no papel da Múmia. Russell Crowe interpreta o Dr. Henry Jykell (O Médico e o Monstro? Óbvio demais... Lembrou-me a música do Resgate...), líder da missão da Prodigium, organização que tem a missão de estudar e combater o mal do mundo. Annabelle Wallis, Jake Johnson  e Courtney B. Vance também estão bem em seus papéis. A dublagem está boa, mas o filme é ambicioso ao ponto de querer ser um Missão Impossível sobrenatural e ao tentar preparar caminho para explicar um pouco do novo universo que está sendo criado. O problema é que a franquia não surge de forma orgânica, mas como parte de um planejamento pré-estabelecido pelos produtores, o que fica ainda mais evidente nos créditos finais deixam claro que haverá filmes de monstros como Frankenstein e Drácula.
Veja trailer de A Múmia:

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