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sábado, 12 de agosto de 2017

Revendo Em Ritmo de Fuga, dessa vez com as crianças!


Muito se fala sobre censura de filmes, especialmente para o público infantil. Vejo muita hipocrisia em proibir uma criança ver um filme adulto no cinema, se na TV ela é bombardeada com programação de novelas e comerciais cujo conteúdo é extremamente inapropriado. 
Inclusive me candidato a ser membro do Grupo Permanente de Colaboradores Voluntários para auxiliar na atividade de classificação indicativa, vinculado ao Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação da Secretaria Nacional de Justiça. Acredito que o departamento só exista para burocratizar e contribuir para arrecadação de fundos voltados para a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE.


Então, prefiro levar meus filhos para ver um filme como Em Ritmo de Fuga, cuja censura é 14 anos, do que permitir que eles vejam comerciais de bebidas alcoólicas por exemplo. Felizmente a Lei de Classificação Indicativa permite que à critério dos pais, as crianças e adolescentes adentrem as salas de exibições, desde que acompanhado por um dos pais (com exceção óbvia aos filmes de classificação indicativa 18 anos). Ah, mas filme com tiros e mortes... Pior é permitirem a venda de armas de brinquedo, mas voltemos para o assunto desse post.


Bem, felizmente o Izahel que já estava um pouco cansado e dormiu a maior parte do filme. Em dois anos de vida, ele já esteve em 50 sessões de cinema!) De início, se assustou durante os trailers de filmes de terror (It - A Coisa e Anabelle 2), mas cuidei de tapar os olhos dele como sempre fiz com o Sahel nessa situação. O Sahel (que chegou ao número de 173 sessões de cinema em seus 6 anos de existência) já faz isso sozinho (afinal o garoto é bem orientado...) e o mais interessante, ele fecha os olhos e tapa os ouvidos...! Passado os trailers, chegamos ao filme.



Tive o privilégio então de apresentar ao meu filho a obra prima que é o filme de Edgar Wright. E ele gostou! Expliquei para ele ficar atento a questão da trilha sonora que é ótima e praticamente não para durante todo filme, tendo suas cenas literalmente guiadas no ritmo da canção que está sendo tocada. Nessa segunda assistida, percebi claramente que até os tiros que são dados ao longo da projeção, estão em sintonia com a música. Algo fenomenal usar a estrutura narrativa com base na fenomenal trilha sonora do longa.


A trama acompanha o protagonista Baby (Ansel Elgort), que é chamado assim por conta de sua jovem aparência. Ele trabalha como motorista para diferentes ladrões de banco em fuga para quitar uma dívida que tem com Doc (Kevin Space). Certo dia, ele se mete em apuros quando um assalto aos Correios dá errado.



Prestes a largar a vida de crime, ele conhece a garçonete Debora (Lily James) se tornando mais uma motivação para o rapaz largar a vida como piloto de fuga. Ele que ouve música o tempo todo, em função de um zumbido que tem no ouvido, problema decorrente do acidente que sofreu na infância e vitimou seus pais.



O filme é grandioso por ser sutil. Por exemplo, nas cenas em que Baby não está ouvindo suas músicas, o público passa a ouvir o zunido que ele ouve, ou na cena após o belíssimo epílogo, em que Baby caminha pelas ruas ouvindo Harlem Shuffle de Bob & Earl e até as pichações da cidade são trechos da música que está sendo reproduzida, entre outras coisas magníficas. No final dançamos em frente à tela, acompanhando os créditos (algo que infelizmente é tão desvalorizado pelo público geral). A equipe de dublagem, que surge após os créditos, desempenha um ótimo trabalho, uma vez que não comprometeu a excelente mixagem de som da versão original. 

Confira o trailer dublado de Em Ritmo de Fuga:

Um comentário:

  1. A trilha sonora é uma peça perfeita para este filme. Revisei a trajetória de Edgar Wright. me impressiona que os seus trabalhos tenham tanto êxito, um dos meus preferidos é Em Ritmo de fuga por que faz com que o espectador se sente a ver o filme. Apesar de não ser um diretor tão reconhecido na indústria do cine, ele é um dos poucos que conseguem boas obras cinematográficas graças ao seu grande profissionalismo. Deve ser por ele que grandes atores querem participar nos seus filmes. Recentemente vi Em ritmo de fuga filme legendado e certamente excedeu minhas expectativas, e é algo diferente ao que estamos acostumados com ele. Vale muito a pena ver, pois seu grande trabalho de produção é evidente em cada uma das suas cenas. Seus efeitos especiais estão incríveis, trilha sonora e atuações geram um resultado que consegue captar aos espectadores.

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