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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Contatos Imediatos do Terceiro Grau


Ficção científica Contatos Imediatos do Terceiro Grau (Close Encounters of the Third Kind, EUA, 1977) de Steven Spielberg é relançado nos cinemas 40 anos após sua estreia, nas comemorações dos 20 anos da rede UCI Cinemas. O filme apresenta um grupo de pessoas que tenta entrar em contato com uma inteligência alienígena. Achei o ritmo do filme lento e os efeitos ultrapassados, mas é clara a referência que A Chegada (Arrival, EUA, 2016) de Dennis Villeneuve fez a este longa, que nos apresenta seres pacíficos e interessados somente em comunicar-se com a raça humana.

Roy Neary (Richard Dreyfuss) começa a ter visões de uma misteriosa montanha ao mesmo tempo em que presencia estranhas luzes cortarem o céu da pequena cidade em que vive no interior dos EUA. Ele não apenas viu um objeto voador não identificado: ele tem uma marca de queimadura para provar. Roy se recusa a aceitar uma explicação para o que viu e está disposto a dar a sua vida para descobrir a verdade sobre OVNIs.Obcecado pela estranha montanha, ele acaba se distanciando da família e, após ser abandonado, parte em busca de respostas. Em paralelo, o cientista Claude Lacombe (Truffaut) investiga a estranha aparição de um grupo de aviões desaparecidos há muitos anos, enquanto Jillian Guiler (Melinda Dillon) tem seu filho pequeno Barry (Cary Guffey) abduzido pelos alienígenas, dos quais só se vê a forte luminosidade provocada pelas naves e os efeitos sobrenaturais causados por eles dentro da casa e ganha destaque na mídia após afirmar que seu pequeno filho  foi levado por uma nave espacial.

A ausência da figura paterna é um tema relevante no filme. Primeiro na casa do menino Barry, criado por uma mãe solitária, e depois na própria trajetória de Roy, que larga mulher e filhos para ir atrás dos OVNI’s e acaba embarcando no disco voador com os extraterrestres. A cena que leva a esposa de Roy deixar a casa após um surto de loucura de Roy é hilária.

A direção de Spilberg nos mostra algo que era incomum na época, como um plano geral que mostra toda a cidade escurecendo após a queda da energia elétrica e, no ato final. Além disso, o diretor usa sua câmera com habilidade para criar suspense, por exemplo, na cena em que a luz do farol de um carro atrás da caminhonete de Roy se movimenta para o lado quando este o ultrapassa e, minutos depois, outra luz também se movimenta, só que desta vez para cima, indicando para a plateia a presença de algo estranho.

Ganhador do Oscar de Melhor Fotografia em 1978 , ofilme também se destaca pelo design de som, captado com precisão, como na cena inicial com um estrondoso barulho de vento no México. A trilha sonora do mestre John Williams também tem destaque, especialmente com as cinco notas icônicas que estabelecem contato com os extraterrestres, além de servir também para aumentar a tensão em alguns momentos pontuais, como na chegada dos ET’s à casa de Barry.




Segue trailer de Contatos Imediatos do Terceiro Grau:

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