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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Assassinato no Expresso do Oriente


Suspense policial Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express, Estados Unidos, 2017) de Kenneth Branagh é inspirado no livro homônimo de Agatha Christie e apesar de contar com uma técnica apurada, especialmente de direção e fotografia, o roteiro adaptado do filme não conseguiu me entreter em meio a uma trama confusa e cansativa.




Após um interessante prólogo inicial, à la Sherlock Holmes, vemos o que começa como um luxuoso passeio de trem pela Europa rapidamente se desdobrar em um dos mistérios mais elegantes, tensos e emocionantes já contados, após um terrível assassinato à bordo da composição. Um dos maiores investigadores do mundo, Hercule Poirot (Kenneth Branagh), que embarcou de última hora no trem Expresso do Oriente, graças à amizade que possui com Bouc (Tom Bateman), que coordena a viagem, inicia então uma varredura no local, ouvindo testemunhas e possíveis suspeitos para descobrir o que de fato aconteceu. deve correr contra o tempo para resolver o quebra-cabeça antes que o assassino ataque novamente. 


Já entre os passageiros, Poirot resiste à insistente aproximação de Edward Ratchett (Johnny Depp), que deseja contratá-lo para ser seu segurança particular. Na noite seguinte, Ratchett é morto em seu vagão. Com a viagem momentaneamente interrompida devido a uma nevasca que fez com que o trem descarrilhasse, Bouc convence Poirot para que use suas habilidades dedutivas de forma a desvendar o crime cometido. 

Kenneth Branagh dirige, e atua de forma caricata e excêntrica, com seu protagonista cheio de maneirismos, muita vaidade, metodismo e uma arrogância sutil. Além disso, lidera um elenco de estrelas incluindo Penelope Cruz, Willem Dafoe, Judi Dench, Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Daisy Ridley e Josh Gad. Ele se mostra irregular ao atualizar para o contexto atual, uma história lançada em 1934. Não digo aqui que o filme é ruim, mas o roteiro de Michael Green, repleto de diálogos, assemelha-se demais a leitura de um livro, fazendo com que a história possa ser mais interessante para uns que para outros. Dentre vários trevelings de câmera vagões à dentro, temos uma cena externa, em meio a neve, que remete a Santa Ceia. Achei altamente fora de contexto. O fato é que o filme não me fisgou. Outro fato concreto é que a franquia terá uma sequência, Morte no Nilo, que já foi anunciada.

Veja trailer de Assassinato no Expresso do Oriente:
 

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