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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O Rei do Show


Musical O Rei do Show (The Greatest Showman, Estados Unidos, 2016) de Michael Gracey em sua estreia cinematográfica, empolga com músicas bem escritas, números musicais bem ensaiados e uma história biográfica de P.T. Barnum que prende a atenção e possui coesão entre o que está sendo narrado e as apresentações musicais.

De origem humilde e desde a infância sonhando com um mundo mágico, P.T. Barnum (Hugh Jackman) desafia as barreiras sociais se casando com a filha do patrão do pai, Charity (Michelle Williams), e dá o pontapé inicial na realização de seu maior desejo abrindo uma espécie de museu de curiosidades. O empreendimento fracassa, mas ele logo vislumbra uma ousada saída: produzir um grande show estrelado por freaks, fraudes, bizarrices e rejeitados de todos os tipos.


P. T. Barnum, considerado um dos pais do circo moderno, foi um showman que tinha uma tendência natural de enganar seu público, como um mágico numa apresentação. Após perder seu pai e viver nas ruas, ele consegue se casar com a mulher que ele amava desde a infância e constituir família, ele decide montar um circo na esperança de ficar famoso. Durante a saga de Barnum, o filme aborda uma importante questão de sua vida, sua paixão cega pela cantora Jenny Lind (Rebecca Ferguson) que também possui números arrebatadores cantando solo.


O roteiro de roteiro de Jenny Bicks (Sex and the CityRio 2) e Bill Condon (ChicagoDreamgirls – Em Busca de um Sonho) destaca também o romance entre Anne Wheeler (Zendaya) e o nobre Phillip Carlyle (Zac Efron), eles tem uma cena linda ao som de Rewrite the Stars, abordando inclusive questões ligadas ao preconceito, mesmo com o filme sendo contado quase que como um conto ou uma fábula. Tudo embalado com canções bem pop, como a excelente This is Me, com a participação de quase todos os coadjuvantes, além das principais The Greatest Show que abre o filme e Never Enough, onde Rebecca Ferguson é dublada por uma cantora profissional, Loren Allred, que nos deixa de queixo caído. O filme chama a atenção ainda pelos questionamentos em relação ao que é arte, explícito nas cenas recorrentes do crítico James Gordon Bennett (Paul Sparks)

O potente e original musical celebra o nascimento do show business e o sentimento maravilhoso de quando sonhos se realizam. Inspirado pelo ambicioso e imaginativo P. T. Barnum, o filme conta a história do visionário que criou o hipnotizante espetáculo que se tornou uma sensação mundial. Michael Gracey uniu músicas de Benj Pasek e Justin Paul (vencedores do Oscar por La La Land). Sabe aqueles filmes cheios de frescor que deixam nossos olhos marejados diante de tudo que é mostrado, eis aqui um belo exemplar.


Segue trailer de O Rei do Show:

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