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quarta-feira, 5 de junho de 2019
Dias Vazios
Drama existencial Dias Vazios [Brasil, 2018] estreia de Robney Bruno Almeida, é uma livre adaptação do romance “Hoje Está Um Dia Morto” de André de Leones. A trama aborda os dias vazios de nossos jovens do ensino médio, que sem perspectivas se entregam aos prazeres do sexo e das drogas na juventude, destruindo o futuro promissor de muitos deles.
O casal Jean (Vinícius Queiroz) e Fabiana (Nayara Tavares), um casal de namorados, cursam o último ano do ensino médio num colégio católico em uma pequena cidade do interior. Ele é um jovem revoltado, que não suporta a cidade onde vive. Ela vive contestando a freira (Carla Ribas) que coordena a escola em que estuda Ambos vivem o típico dilema de deixar a cidade em busca de um novo destino ou ficar e continuar a história dos seus pais. Após passarem o dia juntos, Jean toma uma decisão inesperada e Fabiana desaparece.
Dois anos após o desaparecimento do casal, outro aluno da mesma escola decide escrever um livro sobre o assunto. Trata-se de Daniel (Arthur Ávila) também pessimista, que conversa apenas com a namorada, Alanis (Natália Dantas). Obcecado pela história de Jean e Fabiana, Daniel busca por pistas sobre o que aconteceu com eles, de forma que possa concluir seu livro. Para eles essa busca se transforma numa chance de reinventar suas vidas.
A passagem de tempo do filme não fica muito clara no decorrer da trama e a separação dos capítulos não ajuda muito. Mas fica nítido de como é importante compreender o passado, para podermos traçar novos caminhos em nosso futuro. Daniel se torna escritor, graças a sua curiosidade aliada ao talento nato. Ao investigar a vida de Jean e Fabiana, ele decidiu não trilhar o mesmo caminho, embora tenha vivenciado muitas situações semelhantes as vividas pelo outro casal (mesma escola, situações semelhantes como a da rifa, mesma lanchonete, etc)
A limitação de espaço do filme, torna ele um pouco inflexível. Estamos sempre presos em sala de aula, ou no colégio, o no máximo nas ruas da pequena cidadezinha de Silvânia, interior de Goiás. Por mais que isso denote a noção de impossibilidade de deslocamento e a ausência de perspectiva sobre o futuro, nós que fomos criados numa metrópole, estranhamos o ostracismo vivido por aqueles jovens, muito bem representada pela fotografia opaca do longa.
Veja o trailer de Dias Vazios:
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