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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O Caso Richard Jewell


Drama O Caso Richard Jewell [Richard Jewell, Estados Unidos, 2019], de Clint Eastwood apresenta o caso verídico do segurança americano Richard Jewell que salvou heroicamente milhares de vidas de uma bomba que explodiu nos Jogos Olímpicos de 1996, mas foi injustamente difamado por jornalistas e pela imprensa, que falsamente relatam que ele era um terrorista. Baseado em um artigo homônimo escrito por Marie Brenner para a revista "Vanity Fair".


A mídia tem o poder de transformar um herói em vilão, e um vilão em herói. É o que vemos no Brasil, quando a mídia passou anos atribuindo toda a corrupção da humanidade a determinado partido político, e apontando um juiz parcial como salvador da pátria. Ainda hoje sofremos em diversas áreas devido o golpe de 2016 que destituiu uma presidente honesta, impediu o melhor presidente da história de nosso país a concorrer as eleições em 2018 e colocou no poder o que há de mais insano em nossa política, um deputado de carreira, inepto, que nunca fez nada pelo povo, e se elegeu com um discurso de ódio apoiado pelos cristãos de nossa nação, apesar de pregar violência, enaltecer a tortura, criticar minorias, etc.

O filme, apresenta a história real de Richard Jewell (Paul Walter Hauser), segurança que se tornou um dos principais suspeitos de bombardear as Olimpíadas de Atlanta, no ano de 1996. Na realidade, ele foi o responsável por ajudar inocentes a fugirem do local e avisar da existência de um dos explosivos.

"Há uma bomba no Centennial Park. Você tem trinta minutos". O mundo é apresentado a Richard Jewell pela primeira vez como o guarda de segurança que relata ter encontrado o dispositivo no atentado de 1996 em Atlanta - seu relatório o tornou um herói cujas ações rápidas salvaram inúmeras vidas. Mas em poucos dias, o aspirante a agente da lei se torna o suspeito número um do FBI, difamado pela imprensa e pelo público, tendo sua vida destruída. 

Contratando o advogado anti-sistema e independente, Watson Bryant (Sam Rockwell), Jewell firmemente professa sua inocência. Bryant, porém, descobre que está fora de suas profundezas enquanto luta contra os poderes combinados do FBI, GBI e APD para limpar o nome de seu cliente, enquanto impede Richard de confiar nas pessoas que tentam destruí-lo.

Clint Eastwood, beirando os 90 anos de idade, tem se dedicado nos últimos anos a apresentar histórias de americanos comuns, mas únicos. Se mostrou um competentíssimo veterano e fascinado por histórias de heróis multifacetados.

O grande destaque do filme é a ambientação, desde o estabelecimento do espaço onde ocorreu o ato terrorista (fundamental para dar a sensação de urgência que a cena pede), aos jogos de poder da mídia e dos órgãos de segurança, evitando os excessos dramáticos que muitos se utilizam. Assim temos um drama simplista, mas altamente eficaz em sua proposta, evidenciando a contradição do governo americano ao lidar com o armamento da sociedade civil.

Jewell tem o típico perfil de eleitor do Trump, o que facilmente o incrimina. Possui coleção de armas, histórico que lhe compromete, etc. Mas ao longo do filme, vemos que ele não parece um homem branco velho e desajustado que exala sua frustrações políticas. Em vez disso, ele demonstra ser um cidadão pensativo se indagando como chegamos a esse ponto.

Segue o trailer de O Caso Richard Jewell:

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