Comédia de ação aventuresca Free Guy: Assumindo o Controle (Free Guy, 2020) de Shawn Levy já nasce clássico ao abordar de uma forma orgânica a relação de seres humanos com jogos de video game. O filme é uma simpatia sem precedentes, me fazendo sentir as mesmas sensações que tive com o fantástico Jogador Nº 1 (Ready Player One, Estados Unidos, 2017) de Steven Spielberg.
Um caixa de banco (Ryan Raynolds) leva uma vida bastante entediante até descobrir que, na verdade, é um personagem de um videogame de mundo aberto chamado Free City. Com a ajuda de uma jogadora conhecida como Molotov Girl (Jodie Comer), ele precisa correr contra o tempo para impedir que os criadores daquele universo destruam tudo.
Quando a rotina de sua vida é virada de cabeça para baixo, ao descobrir que é um personagem em um jogo interativo, ele precisa aceitar sua realidade e lidar com o fato de que é o único que pode salvar o mundo. Quando Millie e Keys descobrem que Guy é, na verdade, uma inteligência artificial que alcançou vontade própria.
O avatar Revenjamin Buttons (Channing Tatum), que pertence a Keith (Matty Cardarople), um jogador de 22 anos chama a atenção. Seu personagem surge em dois momentos: no começo do longa, quando explica como funciona o Free City; e quando interage com Guy mais para frente. Nesta última ocasião, fica tão obcecado pelo protagonista que invade seu espaço pessoal e lhe deixa completamente desconfortável.
Chris Evans também faz uma rápida aparição interpretando a si mesmo. O momento se dá quando Guy utiliza o escudo de Steve Rogers para evitar um golpe de Dude – que, na verdade, é uma versão maior e mais musculosa do protagonista, introduzida no Free City pelo vilão Antwan (Waititi). O embate é transmitido ao vivo, e Evans surge logo depois que o tema dos Vingadores toca. Ele se encontra em um café e parece bastante surpreso ao acompanhar a luta em seu celular.
O longa é inovador, inventivo e ainda capaz de provocar reflexões e questionamentos bem atuais para a juventude pós moderna. abordando a questão de que há diferenças entre o mundo verdadeiro e o mundo artificial dos games. O fato de nos tornarmos adultos e lidarmos com a rotina de modo tão enfadonho, deixando de inovar, de correr riscos (algo típico da juventude) nos faz perceber como é ruim envelhecer.
Apesar de tudo isso, o filme não é pretencioso, tem um ritmo bem agradável e usa muito o universo gamer — como as skins e a ascensão de níveis, e as claras referências a jogos como Fortnite, Free Fire, Grand Theft Auto, dentre outros. Vale à penas inclusive ficar procurando os ester eggs ao longo da exibição.
Confira o trailer de Free Guy: Assumindo o Controle:
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