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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Filme - Os Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou!


Na noite desta quinta-feira, 5 de junho de 2014, fui com a esposa ver "A Culpa é das Estrelas", mas as leitoras do livro de John Green lotaram as sessões, então restou a opção de ver "Os Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou!", adaptação da peça homônima que esteve oito anos em cartaz pelo Brasil e atraiu 1,5 milhão de espectadores, tendo sucesso absoluto.
O filme conta a história de Fernanda (Mônica Martelli), uma mulher, que beirando os 40, ainda está em busca do verdadeiro amor. Narrado em alguns momentos em voice off pela personagem principal, o filme nos apresenta algumas situações hilárias, como quando ela passa a primeira noite com um homem, e ao acordar toda desarrumada, discretamente se maqueia para estar mais apresentável.
Vemos em Fernanda o estereótipo criado pela sociedade capitalista, do que é uma mulher moderna. No entanto, a dificuldade de encontrar um marido, especialmente quando se dedica a uma intensa vida profissional. Estar solteira aos 39 é bem diferente de estar solteira aos 29, afinal como Fernanda diz, “óvulo tem prazo de validade”! Por ironia, ou não, ela trabalha organizando a cerimônia mais importante do imaginário feminino, o casamento. Mesmo sendo solteira, ela é forte devota do amor, e como produtora, lida com os mais diversos tipos de homem e está o tempo todo à procura do par perfeito. 
A atuação de Mônica Martelli é altamente crível, pois há tempos ela interpreta esta personagem, especialmente o tique nervoso que a atriz desenvolveu para as situações de início de paquera. Não podemos dizer o mesmo dos demais personagens, a exceção é seu sócio Anibal (Paulo Gustavo) rouba a cena sempre que aparece em tela, funcionando como alívio cômico, lembrando um pouco seu excelente trabalho em "Minha Mãe é Uma Peça" (2013)
Os pares românticos de Fernanda possuem atuações inconstantes. Eduardo Moscovis convence como o político que não quer compromisso. Humberto Martins atua de forma exagerada, tal qual seu personagem. Peter Ketnath, que já foi visto no filme "Cinema, Aspirinas e Urubus" (2004) aparece bobo em tela, no papel de um gringo que vive na Bahia e por fim o arquiteto interpretado por Marcos Palmeira, que é o mais crível de todos os personagens, embora não tenha entendido como Aníbal ainda não o tinha apresentado a Fernanda.
O cantor e compositor Lulu Santos faz uma participação especial, inserido até mesmo no roteiro da história. Ele surge também numa cena de casamento, em que canta "Apenas Mais uma de Amor" ao lado da também cantora Tulipa Ruiz. A música faz parte da trilha sonora do filme.  Ouça e/ou veja um clipe aqui. Dirigido por Marcus Baldini, do razoável "Bruna Surfistinha" (2011), vemos uma comédia acima da média, o que não é uma tarefa difícil, no meio de tantas comédias desprezíveis. Recomendado, especialmente para as solteironas de plantão. Nota: 6,0/10,0.

Segue trailer:

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