Série inspirada em fatos reais e baseado no livro de Tony Belloto, Dom (2021) de Breno Silveira acompanha um policial que dedicou sua vida na luta contra as drogas, mas teve seu filho, um jovem usuário de cocaína envolvido com o mundo do crime, se tornando um dos mais procurados criminosos do Rio de Janeiro.
Sou fã da filmografia de Breno Silveira. Adorei o Entre Irmãs (2017), acho À Beira do Caminho (2012) muito bom, o Gonzaga – De Pai para Filho (2012) é espetacular, sou fascinado no Era Uma Vez... (2008), sem falar no clássico 2 Filhos de Francisco (2005)
Em Dom, vemos a história real de Pedro Dom (Gabriel Leone), um atraente rapaz da classe média carioca que é apresentado à cocaína muito cedo, evoluindo para se tornar o líder de uma gangue criminosa que estampa os tablóides no início dos anos 2000. Do outro lado está o pai de Pedro, Victor Dantas (Flavio Tolezani), que acabou entrando no serviço de inteligência policial por ter feito, ainda na adolescência, uma importante descoberta no fundo do mar e tê-la denunciado às autoridades. Ao longo da década de 70, Victor se engaja no combate às drogas, sem imaginar que, anos depois, precisaria lutar para retirar o próprio filho do mundo criminoso. São jornadas opostas que, por vezes, se espelham e se complementam, enquanto ambos enfrentam situações que confundem os limites entre o certo e o errado.
Mostra não apenas o trabalho da polícia mas o quanto nossos filhos estão expostos ao mundo do crime por mais que os pais aconselhem e o vigiem. Vemos claramente como a corrupção na polícia é mais triste do que imaginamos, polícia e bandido é tudo uma coisa só. A série tem o objetivo de mostrar desde a infância qual foi o desenvolvimento de uma pessoa que teve contato com a droga muito cedo, desde quando criança, ao decorrer por toda sua vida, inclusive, com um grupo de pessoas que cometia crimes na cidade do Rio de Janeiro, sua "quadrilha".
Por mais que relação de pai e filho seja tocante, a série prende pelo drama e suspense policial de toda a situação. Os atores estão muito dirigidos e toda produção de arte, nas décadas que permeiam o filme, que não segue uma montagem linear e vai apresentando os fatos e viajando no tempo e traçando paralelos entre o pai e o filho. A trilha sonora é maravilhosa, especialmente para quem nasceu na década de 80 e conhece as maiorias das músicas que tocam na série.
Veja trailer de Dom:
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