quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Filme resgata 70 anos de história da Universidade Federal do Ceará

Filme 70 anos da Universidade Federal do Ceará, resgata os 70 anos de história da UFC. O lançamento acontece no dia 7 de janeiro, às 19h, no Cineteatro São Luiz. Acesso gratuito.

 

Jornalista e escritor Lira Neto em depoimento para o filme. Foto: Wolney Oliveira

 

“Uma espécie de célula-mãe de todo conhecimento gerado no estado” (Ronaldo Salgado, jornalista e professor), “Um papel muito grande para a vida econômica, política e cultural do Ceará” (João de Paula, médico e ex-presidente do Diretório Central dos Estudantes), “Se não existisse UFC o Ceará estaria atrasado 70 anos” (César Aziz Ary, engenheiro civil e professor). Estes são alguns dos depoimentos que estão no longa-metragem “70 anos da Universidade Federal do Ceará”, com lançamento no dia 7 de janeiro, às 19h, no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza.

 

Idealizado pelo reitor Custódio Almeida e o cineasta Wolney Oliveira, o filme é uma das ações que celebram sete décadas da UFC, completadas em 2024, reconhecida pelo Ministério da Educação como uma das melhores instituições de ensino superior do País, com resultados reconhecidos pelos principais rankings internacionais. Apresentado pelo Ministério da Cultura e Lei Rouanet, o longa-metragem tem o patrocínio de SP Combustíveis e Cagece. Apoio cultural: Enel e Cegás. Apoio Institucional: Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), via Mecenas do Ceará, e da Secretaria das Cidades. A realização é da Associação Cultural Cine Ceará, Universidade Federal do Ceará, Lei Rouanet, Ministério da Cultura, Governo Federal.

 

Com direção de Joe Pimentel e Wolney Oliveira, o filme traz um resgate histórico da instituição, ao mesmo tempo em que reafirma o seu protagonismo na construção do Ceará nos campos econômico, político, social e cultural. Momentos marcantes, como fatos referentes à ditadura militar, passeatas ocorridas nos anos de 1970 e 1980, a interiorização da universidade através dos projetos de extensão e pesquisa, homenagens, como o título de Doutora Honoris Causa concedido a Maria Bethânia, entre tantos outros acontecimentos em sete décadas, são resgatados em documentos, fotografias, vídeos e depoimentos de mais de 40 personalidades que têm ou tiveram, de alguma forma, suas vidas ligadas à UFC, como alunos, ex-alunos, professores, servidores, ex-reitores e o reitor Custódio Almeida.

 

Nomes como a professora e jornalista Adísia Sá, o sociólogo e professor emérito da UFC Eduardo Diatahy, os arquitetos e professores Neudson Braga e Romeu Duarte, o sociólogo e professor André Haguette, o presidente da Enel e ex-aluno da UFC, José Nunes, endossam a presença marcante da universidade nos mais diversos campos do conhecimento e no desenvolvimento do Estado. Como linhas condutoras dos fatos relatados entram depoimentos do jornalista e servidor da universidade Marco Fukuda e do jornalista e escritor Lira Neto, este, autor do livro “UFC: biografia de uma universidade”, lançado em julho deste ano também como parte das ações alusivas aos 70 anos da instituição.

 

Do início da primeira universidade do Estado, fundada pelo jurista e professor Martins Filho, Lira Neto, que é ex-aluno da instituição, destaca: “Ainda não havia a compreensão de que o ensino superior não era algo ligado ao beletrismo, mas uma instituição que surge a partir de uma proposta de contribuir para o desenvolvimento local”. Sobre o primeiro reitor da instituição, Adísia Sá pontuou: “Martins era inteiro. Ninguém pode falar no Ceará, na Educação, na Universidade, no saber cearense, sem falar em Martins”.

 

A criação da Pró-Reitoria de Cultural da UFC, tornando a cultura um eixo estruturante da instituição, é um dos capítulos da história mais recente destacados no documentário. Nas palavras do reitor Custódio Almeida: “Cultura é um atravessamento. Não é simplesmente uma área que fica ao lado das outras, mas uma área que atravessa todas as outras. É um fio que perpassa tudo e a universidade precisa disso”.

 

“70 anos da Universidade Federal do Ceará”

Ficha Técnica

2025 | Brasil | 70 min. | Livre

 

Direção: Joe Pimentel e Wolney Oliveira | Diretora Assistente: Maria Pinheiro | Assistente de Direção: Vicente Ferraz e Isabela Veras | Roteiro: Bucanero Filmes e Marcus Sá | Produção Executiva: Helena Colaço | Direção de Fotografia: Bruno Pimentel, Rogério Resende e Eusélio Gadelha (Xuxu) | Fotografia Adicional: Alex Meira | Assistência de Câmera: Thiago Oliveira e Wellington Vieira | Direção de Produção: Andrea Ribeiro | Assistente de Produção: Carol Mesquita | Edição: Rui Ferreira e Joe Pimentel | Consultoria de Edição: Marcus Sá e Maria Pinheiro | Produção de Finalização: Isabela Vieira | Finalização de Imagem: Cabeça Pós | Colorista e Finalizador: Alexandre Ribeiro | Técnico de Som: Leo Hernandez e Lênio Oliveira | Edição de Som e Mixagem: Pedro Sá | Trilha Sonora Original: João Victor Barroso | Motion Graphics: Léo Kemps | Design Gráfico: Dedé Oliveira | Identidade Visual: Samuel Furtado | Imagens Super 8: Arlindo Barreto

 

Sinopse 

O documentário apresenta a trajetória da Universidade Federal do Ceará, sétima universidade pública de ensino superior criada no Brasil e a grande pioneira no Estado do Ceará. Celebra o marco dos seus 70 anos de sua existência e evidencia sua imensurável e extensa contribuição social, intelectual, econômica e cultural, apresentando ao grande público suas histórias, personalidades, feitos e contribuições. 

 

SERVIÇO

“70 anos da Universidade Federal do Ceará” (Dir. Joe Pimentel e Wolney Oliveira, 70min.) - Lançamento no dia 7 de janeiro de 2026, às 19h, no Cineteatro São Luiz (Rua Major Facundo, 500, Centro – Fortaleza, Ceará). Gratuito e aberto ao público. Exibição com acessibilidade através dos aplicativos Movie Reading e Cine Assista.




quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Uma Jornada de Bicicleta

 


Comédia dramática francesa Uma Jornada de Bicicleta (À bicyclette !, 2025) é um road movie de luto, ao mesmo tempo triste e engraçado. Faz bem, pois mostra, sem moralizar ou dar lições, como, a partir de um drama, é possível seguir em frente, se reerguer, amar a vida e rir novamente.


Em Uma Jornada de Bicicleta, Mathias leva seu melhor amigo Philippe numa viagem de bicicleta por diferentes cantos da Europa. De La Rochelle até Istambul, do Atlântico até o Mar Negro, os dois amigos de longa data partem numa aventura em a memória é o verdadeiro guia.



Do Atlântico ao mar Negro, Mathias leva seu melhor amigo Philippe em uma viagem de bicicleta. Juntos, eles refazem o percurso que Youri, seu filho, havia iniciado antes de desaparecer tragicamente. É daquelas histórias que fazem o coração pedalar junto.



Dirigido e estrelado por Mathias Mlekuz, ao lado do carismático Philippe Rebbot e do jovem Josef Mlekuz, o filme mistura humor, emoção e uma boa dose de humanidade com aquele espírito très français que transforma cada encontro e paisagem em poesia. 


Do Atlântico ao mar Negro, dois amigos embarcam em uma viagem de bicicleta que vai muito além do destino. Mathias leva Philippe para refazer o trajeto iniciado por seu filho, Youri, antes de desaparecer tragicamente. O resultado é uma jornada de afeto e superação, onde o riso e a saudade dividem o mesmo guidão. Um road movie com alma, que mostra que pedalar às vezes é a melhor forma de seguir em frente.


Vencedor do Prêmio Valois de Música de Filme – Festival do Cinema Francófono de Angoulême e 
Indicado ao Festival Internacional de Cinema de Comédia de Alpe d’Huez


Segue trailer:

domingo, 7 de dezembro de 2025

Turistando em Recife

 

Neste 7 de dezembro de 2025, aproveitando minha vinda a recife para o show do P.O.D., aproveitei para turistar também, pois ninguém é de ferro. Meu amigo Esdras foi o fotógrafo.


Transitei pela Rua da Aurora, às margens do rio Capibaribe. Tirei foto com as esculturas. Admirei a cidade. Fui no cenário dos correios, que aparece no filme O Agente Secreto. Passei pela Ponte da Boa Vista, e fui até a padaria Santa Terezinha, que infelizmente estava fechada.


Segue alguns registros:































Parque 13 de maio


Na manhã deste 7 de dezembro, fui no Parque de 13 de maio, na região central de Recife. 


Localizado na Rua Mamede Simões, 111, Estaremos na entrada do portão que fica em frente a Faculdade de Direito, Boa Vista.

 


No local, há um monumento em homenagens aos combatentes pernambucanos mortos na segunda guerra mundial.
 



Trata-se de um lindo espaço verde urbano com várias fontes, vegetação abundante, playground e esculturas. 


O local serviu de locação para as cenas em que a perna cabeluda ataca no filme O Agente Secreto. E como fiquei hospedado bem em frente, fui lá conferir.


Diz a lenda que uma perna humana, grande, coberta de pelos e com vida própria começa a atacar moradores de Pernambuco. A história, que virou até caso de polícia, foi registrada nos jornais da década de 1970. Os "ataques" aconteciam nas ruas à noite e assustavam a população da época.


Eu vi uma perna cabeluda no banco da praça...

sábado, 6 de dezembro de 2025

Rio de Clarice



Longa baseado em 5 contos de Clarice Lispector, Rio de Clarice (2025) Projeto da Ancine com apoio da Lei Paulo Gustavo pela Secretaria de Estado e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro. Vi no Cinema São Luiz PE.



Produção da Aboim Produções e Artes e Taboca Produções Artísticas Limitada. Filmado principalmente na Cidade de Teresópolis com algumas cenas no Rio de Janeiro. Filmado de março a abril de 2024, editado a partir de agosto até outubro de 2024, finalizado em agosto até novembro de 2025. As diretoras estiveram apresentando o filme:



Patrocinio de Ecorodovias e Banco do Nordeste. Apoio de Feso Pro Arte, Alterdata, Viação Teresópolis, Werner. Dirigido por cinco mulheres. Eunice Gutman, Maria Luiza Aboim, Taciana Oliveira, Barbara Kahane e Nicole Allgranti. Baseado em cinco contos da escritora Clarice Lispector e dividido em cinco partes: 


Em Feliz Aniversário, D.Anitta (Madhia) que mora com a filha mais velha (Ilana Progrebinschi), completa 89 anos. Ela recebe a família, mas a festa é repleta de situações em que se vê um clima tenso e cheio de mágoas do passado entre todos. A família chega aos poucos, para os comes e bebes. A nora de Ipanema, (Lucélia Santos), entra em um embate com a nora do Rosário (Louise Cardoso), o filho de D. Anitta José (Luiz Octávio Moraes) não se dá com o cunhado (Luiz Ramalho) que não vai à festa. Dirigido por Maria Luiza Aboim 



Em Mal Estar de Um Anjo, a personagem Anjo (Letícia Spiller), sai do consultório da psicanalista (Dora Pellegrino) durante uma chuva torrencial. Ela consegue um taxista (Bruno Barbosa) que a leve para sua casa, mas o inesperado acontece e o mal-estar se instala. Uma mulher, a Invasora, (Gabrielle Farias) bate na janela e implora que o táxi lhe dê uma carona. A personagem Anjo reluta, mas acaba cedendo. Assim que a Invasora entra começa a chamar a mulher de Anjo, pede para que o táxi a espere na esquina para buscar o vestido da costureira. Enfim, ela quer mudar o itinerário, impor a sua vontade, se aproveitar do Anjo bom que surgiu. Então o conflito se instaura quando Anjo diz que o táxi vai deixá-la primeiro e que ela faz questão de pagar a corrida. Dirigido por Eunice Gutman.



A Bela e A Fera ou A Ferida Grande Demais é a história de Carla de Souza Campos, (Letícia Isnard) rica, casada, segura, mas infeliz com as traições do marido (Freddy Assis Ribeiro) . Durante uma ida ao salão de cabeleireiro, onde prepara-se para ficar bonita para a foto de uma coluna social, seu motorista (Vitor Arcanjo) tem um problema no carro e não consegue buscá-la no horário combinado. Então, Carla decide se aventurar entrando numa Kombi com outros passageiros indo parar na rodoviária pobre da cidade onde vive. Ao tentar ligar para seu motorista o celular cai num bueiro, ela desespera-se ao perder o contato com o seu mundo, momento em que é abordada por uma mulher (Guida Vianna) em situação de rua, que a acolhe, e a leva para sua casa para tomar chá. Ao final da tarde, a mulher em situação de rua, a leva para o lugar onde a encontrou e seu motorista a reencontra. Dirigido por Nicole Allgranti.



Amor conta a história de Hanna, (Bia Sion) mulher dedicada, de família judaica ortodoxa, que vive uma rotina entediante. Até que ao sair para fazer compras para o jantar e tomar o bonde, perde seu ponto de descida se distraindo ao ver um cego mascando chicletes; (Marcus Wolf) ela acaba descendo do bonde em frente a um parque deslumbrante onde em meio à natureza ela vive um processo de epifania, de reconhecimento de si, de sua vida. O processo se desfaz ao perceber que os portões do parque já haviam fechado, consegue sair e retornar ao seu lar, ao coração dos filhos (Betto Correia e Pedro Menezes) e do esposo (Julio Levy). Dirigido por Taciana Oliveira. 



Preciosidade, que narra a história de uma jovem (Karolyna Mendes) que é cuidada pela empregada, (Duaia Assumpção) pois seu pai (Flávio Bauraqui) sempre está ausente. Numa das idas à escola ela é assediada, esse ato violento a faz passar por um processo de dor e sofrimento, mas também a leva a uma nova etapa em seu amadurecimento como mulher. Dirigido por Barbara Kahane.


Chama atenção que a equipe do filme é majoritária de mulheres Viviane Rangel na câmera e fotografia, Luciana Cardoso fez o figurino, Anna Jones na arte, Taina Menezes na montagem, som de Jorge Saldanha, roteiro de Nicole Allgranti e Teresa Montero, diretora de produção Ludmila Olivieri, 1º AD Ana Isabel Aguiar controller Raquel Furtado, coordenadora de produção Marcia Sandrin. Mixagem Monada Post de Ariel Henrique, Música Incidental Tibor Fittel, Direção Musical Maestro Leonardo Pinto, Orquestra Feso Pro Arte, Quinteto Vila-lobos, música de Ava Rocha e Danilo Gonçalvez.



Segue trailer:



Praça Chora Menino

Estando em Recife, fui conhecer a praça Chora Menino, que é citada no final do filme O Agente Secreto.


Muito curioso o nome dessa praça, mas tem tudo haver com a narrativa do filme O Agente Secreto. Praça fica na região central da capital e desperta a curiosidade de quem passa. Localizada entre a Rua do Paissandu e a Avenida Lins Petit, a Praça Chora Menino tem suas lendas urbanas. O local se mistura entre casarões que resistiram ao tempo e pontos comerciais. No entanto, o endereço carrega um passado assombrado, segundo o historiador Pereira da Costa. Ele relata no livro "Folclore Pernambucano" que o logradouro foi palco de uma batalha em 1831.


Em pleno século 19, o Recife passou por uma revolta violenta de soldados insubordinados de baixa patente, período que ficou conhecido como 'Setembrizada', pois se deu exatamente no mês de setembro. Na batalha, civis foram pegos no meio do conflito, vitimando também mulheres e crianças. A lenda conta que as vítimas da disputa foram enterradas em um local conhecido com Sítio Mondengo, onde hoje fica a Praça Chora Menino. Segundo os relatos populares, quem passa tarde da noite pelo local consegue ouvir o choro triste de uma criança morta durante a revolta.




Em alusão a essa história, o local conta com uma estátua em pedra retratando uma mulher com uma criança no colo, feita em 1983 pelo artista José Faustino. Outro monumento artístico que contribui para os mistérios do local é o painel em cerâmica de Francisco Brennand, que exibe uma frase do jornalista e escritor Nilo Pereira, com os dizeres "esta cidade é mágica, meio bruxa. Enfeitiça, quebranta, tira as forças".

Compartilhar