Texto Publicado em: 17-12-2008 no site Cinema com Rapadura. Escrito por: Marcos Nascimento
Antes de qualquer coisa, quero deixar bem claro que respeito todas as religiões, crenças e espiritualidades. O objetivo não é criticar nenhuma pessoa ou instituição em si, mas debater um assunto saudável como o cinema. Todas as opiniões são bem-vindas, inclusive de quem não tem religião nenhuma. E aqui não importa qual a sua crença e sim se você gosta de cinema e dos textos.
Como você já deve ter conferido no portal, foram proibidas as filmagens de “Anjos e Demônios” em duas igrejas do Vaticano, mesmo depois de já terem sido pedidas as devidas autorizações. No caso isolado desse filme, porque conhecemos Dan Brown e seu gosto pela coisa, é até compreensível que a cidade-sede do catolicismo mundial tenha seus motivos. O livro não chega a depor contra a Igreja Romana, mas também não é um amigo próximo da mesma. E já vimos esse capítulo antes, justamente no filme anterior de um livro de Brown, “O Código DaVinci”, tão polêmico quanto seu antecessor. Mas a questão não é exatamente essa. Toda essa história me fez lembrar de uma outra parecida, quando um jornal do Vaticano criticou o filme “A Bússola de Ouro”, alegando que o filme era “anticristão” e difundia o ateísmo aos espectadores.
E como um caso sempre puxa outro, lembrei-me das críticas excessivas de igrejas evangélicas aos filmes da série Harry Potter, sobretudo “A Pedra Filosofal“, quando o bruxo ainda era tão criança quanto os que iam assisti-lo. No caso de Potter, claro, a crítica era o incentivo á bruxaria. E tantos outros casos que aconteceram, desde “A Última Tentação de Cristo“, de Scorsese até a Maria grávida de “Jesus, a História do Nascimento”, por conta da gravidez precoce da jovem atriz Keisha-Castle Hughes.
Realidade, religião e espiritualismo andam sempre juntas, não é possível abrir uma brecha nesse que ainda é um grande tabu na humanidade? Será que as pessoas que assistem são tão inocentes para se deixar levar por um filme, e os pais das crianças tão inconseqüentes que não conseguem mostrar o “caminho certo” para os filhos? E o “caminho certo” é o mesmo para todo mundo?
Todas as produções do mundo devem ter pelo menos alguém da mais alta cúpula do Vaticano, ou de uma igreja evangélica, ou templo mulçumano ou qualquer outra denominação existente pra criticar. Quantos filmes já retrataram com êxito as religiões do mundo? Lembrando que até “A Paixão de Cristo” foi insultado de anti-semita. O alvo quase sempre vão ser os filmes de fantasia, que justamente por serem fantasiosos, criam mundos que nem sempre estão de acordo com o que dizem os livros sagrados. No caso de “A Bússola de Ouro”, natural não haver um deus, ou o mesmo Deus que o nosso, já que se trata de uma outra dimensão, e não o planeta Terra, tampouco nosso universo.
Todas as produções do mundo devem ter pelo menos alguém da mais alta cúpula do Vaticano, ou de uma igreja evangélica, ou templo mulçumano ou qualquer outra denominação existente pra criticar. Quantos filmes já retrataram com êxito as religiões do mundo? Lembrando que até “A Paixão de Cristo” foi insultado de anti-semita. O alvo quase sempre vão ser os filmes de fantasia, que justamente por serem fantasiosos, criam mundos que nem sempre estão de acordo com o que dizem os livros sagrados. No caso de “A Bússola de Ouro”, natural não haver um deus, ou o mesmo Deus que o nosso, já que se trata de uma outra dimensão, e não o planeta Terra, tampouco nosso universo.
Não estou dizendo que as religiões tais são ruins, nem que suas doutrinas sejam falsas ou verdadeiras, até porque eu mesmo sigo uma doutrina religiosa. Nem defendendo que os filmes devam ser desafiadores, audaciosos e subversivos. Mas que filmes são apenas uma maneira de se contar uma história. No caso de “Anjos e Demônios” e “O Código Da Vinci”, já tem o livro, lê quem quer e vê o filme quem quer. A arte e a religião não necessariamente caminham mais juntas desde o Renascimento. Claro que as igrejas, templos, mesquitas e centros tem todo o direito de esclarecer seus seguidores, mas tudo há um limite, o limite da cabeça do espectador. Deixem suas opiniões, mas por favor, não me “crucifiquem”.
Antes de tudo, cinema é arte, religião é fé, e os que tem a fé no lugar correto não se deixam influenciar por um simbologista no Vaticano, ou por almas fora do corpo em forma de animais, ou bruxaria, ao meu ver. As coisas não necessariamente precisam se misturar, a não ser que você mesmo se incomode e chegue a essa conclusão, é o que eu digo. A discussão está aberta, e por favor, continuem lendo os textos que eu escrever.
Matéria publicada no Caderno Zoeira do Jornal Diário do Nordeste do dia 21/04/2009
Mais uma estréia polêmica
Depois de ´O código da Vinci´, a obra ´Anjos e demônios´, também de Dan Brown, é uma das atrações dos cinemas no mês de maio
Antes de decifrar ´O Código Da Vinci´, Robert Langdon, o famoso professor de simbologia de Harvard, vive sua primeira aventura em ´Anjos e Demônios´, quando tenta impedir que uma antiga sociedade secreta destrua, de vez, a Cidade do Vaticano.Às vésperas do conclave que vai eleger o novo Papa, Langdon é chamado às pressas para analisar um misterioso símbolo marcado a fogo no peito de um físico assassinado em um grande centro de pesquisas na Suíça. Ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura macabra no corpo da vítima é dos Illuminati, uma poderosa fraternidade que ressurgiu disposta a levar a cabo a lendária vingança contra a Igreja Católica.
De posse de uma nova arma devastadora, roubada do centro de pesquisas, ela ameaça explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. Correndo contra o tempo, Langdon voa para a cidade de Roma junto com Vittoria Vetra, uma bela cientista italiana.
Em uma caçada frenética por criptas, igrejas e catedrais, os dois desvendam enigmas e seguem uma trilha que pode levar ao covil dos Illuminati - um refúgio secreto onde está a única esperança de salvação da Igreja nesta guerra entre ciência e religião.Tom Hanks reprisa o papel de Robert Langdon em ´Anjos e Demônios´ e ganha a companhia de Ayelet Zurer no papel de Vittoria. No elenco também estão Ewan McGregor como Carlo Ventresca e Stellan Skarsgard como Ritcher. A direção ficou mais uma vez com Ron Howard, que comandou também ´O Código Da Vinci´.
Tanto a estréia americana quanto a brasileira está agendada para acontecer em 15 de maio. Um possível boicote do Vaticano na exibição do filme já foi comentado, mas nada está certo ainda. Assim como ´O Código Da Vinci´, ´Anjos e Demônios´ já é polêmico bem antes de estrear nas telonas.
Texto adaptado do site http://www.estudosdabiblia.net/bd62.htm
É errado assistir filmes como entretenimento?
É apropriado para os cristãos proteger seus corações e mentes e evitar todas as influências corruptoras do mundo (1 Coríntios 15:32-33). Necessariamente, aquele que é convertido a Cristo precisa abandonar muitas das coisas que antes lhe davam prazer, incluindo músicas de letras indecentes ou que encorajam rebelião contra a vontade de Deus e filmes com conteúdo pejorativos e inapropriados para um cristão.
Isto não significa, contudo, que não podemos ouvir nenhuma música ou ver algum filme com propósito de entretenimento.
A bíblia não fala de cinema, até porque é uma arte nova, surgiu por volta dos anos 1900 d.C.. Para efeitos de comparação utilizaremos a música, que é a arte que mais se aproxima da experiência áudio/visual que o cinema proporciona. Encontramos na Bíblia pelo menos três propósitos para a música:
1. Louvor a Deus, oferecido no Novo Testamento como o fruto dos lábios, emanando do coração do adorador (Hebreus 13:15; Tiago 5:13; Colossenses 3:16; Efésios 5:19; etc.). Isto é feito para agradar a Deus e deverá ser da maneira como ele instrui.
2. Ensinamento a outros sobre a vontade de Deus (Colossenses 3:16; Efésios 5:19). Estes versículos mostram que usamos para ensinar sobre Deus o mesmo tipo de música que usamos para adorá-lo: canto de salmos, hinos e cânticos espirituais. Para ensinar sobre a vontade de Deus muitas vezes é necessário vermos e ouvirmos depoimentos de pessoas que experimentaram situações que nós nunca vivenciamos, e que contraria ou não a vontade de Deus, aqui entraria o recurso áudio/visual.
3. Prazer dos ouvintes. Muito antes que a música fosse mencionada em relação com adoração, já era usada para dar entretenimento aos homens. Os instrumentos musicais estavam entre as primeiras invenções dos homens (Gênesis 4:21). A música é freqüentemente associada com festividades (Gênesis 31:27; Lucas 15:25) e com o alívio (Samuel 16:23).
O escritor de Eclesiastes observou que Deus pretendia que o povo trabalhador tivesse algum tempo para tal prazer nesta vida (Eclesiastes 3:12-13). Não há princípio bíblico que condene ouvir música decente por entretenimento, sejam os cânticos infantis que a mãe ensina aos filhinhos, música popular que os jovens ouvem, ou música clássica que seus pais e avôs possam apreciar.Obs: Os pais precisam cuidadosamente não provocar nos filhos à ira quando ensinam sobre tais assuntos (Efésios 6:4). Devem ensiná-los a escolher músicas decentes e puras em suas mensagens, mas não devemos condenar a música deles meramente por preferências de estilo. Quando se é jovem os gostos musicais geralmente são diferentes dos mais ‘antigos’. Devemos aprender a ver filmes e a ouvir músicas que não corrompam os valores espirituais e morais.
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