sábado, 27 de junho de 2009

26 de junho - Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas


Segundo a OMS é qualquer substância que, não sendo produzida pelo organismo, tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento.

Uma mesma substância pode funcionar como medicamento em algumas situações e como tóxico em outras.

Nem todas as substâncias psicoativas têm capacidade de provocar dependência.

Uso de drogas: É a auto-administração de qualquer quantidade de substância psicoativa.
Abuso de drogas: Padrão de uso em que aumenta o risco de conseqüências prejudiciais para o usuário
(físicas, mentais ou sociais).
O início do uso acontece por determinantes sócio-culturais (disponibilidade da substância, imagem que o usuário tem no seu círculo social, etc).

Não existe fronteira nítida entre o que é o uso simples de uma determinada substância e o que é dependência severa de drogas, havendo uma série de estados intermediários, de delimitação pouco precisa.
Segundo O Código Internacional de Doenças (CID -10)
Três ou mais das seguintes manifestações abaixo, ocorrendo conjuntamente por pelo menos um mês ou persistindo, por períodos menores de que um mês, acontecendo juntas, de forma repetida por 12 meses.

1- Forte desejo ou compulsão para consumir a substância

2-Comprometimento da capacidade de controlar o início e término do uso ou os níveis de uso, evidenciado pelo consumo freqüente em quantidade ou período maiores do que planejado, ou por desejo persistente ou esforços infrutíferos no sentido de reduzir ou controlar o uso.

3- Estado fisiológico de abstinência, quando o uso é interrompido ou reduzido, como evidenciado pela síndrome de abstinência característica da substância ou pelo uso dela ou similar, para aliviar ou evitar tais sintomas

4- Evidência de tolerância aos efeitos, havendo necessidade de quantidade maior para obter o efeito desejado ou estado de intoxicação ou redução acentuada desses efeitos, com uso continuado da mesma quantidade

5-Preocupação com o uso, manifestada por redução ou abandono das atividades prazerosas ou de interesse significativo por causa do uso ou do tempo gasto com obtenção da droga, consumo e recuperação dos efeitos

6- Uso persistente, evidenciadas por uso continuado, quando o sujeito está efetivamente consciente da natureza e extensão dos efeitos nocivos
Droga que diminuem a atividade mental, fazendo que o cérebro funcione de forma mais lenta. Esta substância reduz a tensão emocional, a atenção, a concentração, a capacidade de memorização e a capacidade intelectual.
Pode produzir sonolência, embriaguez e até coma, motivo pelo qual não devem ser usadas durante a realização de atividades de alto risco, ou complexas, como conduzir veículos e operar máquinas.

Consumo e Relação com o Câncer

O consumo de bebidas alcóolicas é tão comum que muitas pessoas não imaginam que elas são drogas potentes.
A relação entre álcool e câncer tem sido avaliada, no Brasil, por meio de estudos de caso-controle, que estabeleceram a associação epidemiológica entre o consumo de álcool e cânceres da cavidade bucal e de esôfago.
Os efeitos do álcool variam de acordo com a rapidez e a frequência com que ele é ingerido, com a quantidade de alimentos consumidos durante a ingestão de bebidas alcoólicas, com o peso da pessoa, com o estado de espírito desta pessoa etc. O álcool atinge rapidamente a circulação sangüínea e todas as partes do corpo, inclusive o sistema nervoso, provocando mesmo em doses pequenas a diminuição da coordenação motora e dos reflexos, o estado de euforia e a desinibição.
Recorde-se que muitas doenças são causadas pelo uso contínuo do álcool: doenças neurais, mentais, musculares, hepáticas, gástricas, pancreáticas e entre elas o câncer. Isto sem falar nos problemas sociais que estão associados à ingestão de bebidas alcoólicas: acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, faltas ao trabalho e atos de violência.

Por que as pessoas fumam?
Vários são os fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade maciça do cigarro nos meios de comunicação de massa que, apesar da lei de restrição à propaganda de produtos derivados do tabaco sancionada em dezembro de 2000, ainda tem forte influência no comportamento tanto dos jovens como dos adultos. Além disso, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência.

Conheça o cigarro por dentro
A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; que constitui-se de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.

A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa. Além disso, a nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, causando vasoconstricção, acelerando a freqüência cardíaca, causando hipertensão arterial e provocando uma maior adesividade plaquetária. A nicotina juntamente com o monóxido de carbono, provoca diversas doenças cardiovasculares. Além disso, estimula no aparelho gastrointestinal a produção de ácido clorídrico, o que pode causar úlcera gástrica. Também desencadeia a liberação de substâncias quimiotáxicas no pulmão, que estimulará um processo que irá destruir a elastina, provocando o enfisema pulmonar.

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