A primeira cena, já expõe o drama do filme. Um casal discute na frente do juiz sobre o divórcio. Simin (Leila Hatami) consegue às duras penas um visto para sair do país e quer que o marido Nader (Peyman Moadi) dê permissão para que a filha única do casal, Termeh (Sarina Farhadi), viaje com ela. Além de Nader se negar a acompanhá-la por causa do pai doente, não dá autorização para que a filha viaje.
Aliado a isso, situações delicadíssimas da cultura islâmica machista, controladora, autoritária e um tanto quanto irracional são colocadas em questão. O problema vai ganhando complicações ainda maiores, deixando de ser um simples drama familiar, e vamos sendo apresentados a fatos novos, com um roteiro envolvente, até que chegamos no final do filme e o diretor não nos revela o final, deixando a nosso encargo tal conclusão.
Esse tipo de filme mexe com a gente, que ficamos meditando e com o filme na cabeça por um longo período. E nesse filme em particular, vemos um grande mosaico sendo formado, com a discussão de temas como religião, honra, ética, cada um analisando e vendo os fatos à sua maneira. O dilema final, acaba tratando tudo que foi discutido no filme pelos vários pares, sendo que recai a uma adolescente ter que tomar uma decisão crucial. Espetacular.
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