quarta-feira, 5 de abril de 2017

A Cabana


Baseado no livro do escritor canadense William P. Young, lançado em 2007 nos EUA e que no Brasil vendeu mais de 4 milhões de cópias, A Cabana (The Shack, EUA, 2017), de Stuart Hazeldine não faz uma boa adaptação para o cinema, trazendo literalmente para a tela grande, o que é mostrado no livro. Atuação de 
Sam Worthington não convence, sendo que ele está presente em praticamente todo o filme com a mesma expressão de rosto. Quem não leu o livro, certamente irá se emocionar. Quem já leu o livro, se emocionará com a lembrança dos momentos prazerosos que a leitura ofereceu.

O sucesso do livro ocorreu em grande parte por abordar a temática da fé, atraindo a atenção do público religioso, com sua bela mensagem sobre amor, ódio, perdão e dor. Impossível ler e não chegar às lágrimas. Nesse sentido, a adaptação cinematográfica era inevitável, ainda mais com filmes que abordam a questão da fé sendo lançados constantemente nos cinemas ao longo dos últimos anos.


Depois de sofrer uma tragédia familiar, Mack Phillips (Sam Worthington) que sofre com o desaparecimento de sua filha pequena de seis anos, raptada em um acampamento de fim de semana e entra em uma profunda depressão, que o faz questionar suas crenças mais íntimas. Diante de uma crise de fé, ele recebe um bilhete supostamente escrito por Deus, que o convida para ir a uma cabana abandonada, o lugar em que ele teria o encontro com o Criador.. Mack encontra então verdades significativas que transformarão seu entendimento sobre a tragédia que abalou sua família e sua vida mudará para sempre.

O filme reverencia a fé cristã, com os principais conceitos cristãos sendo apresentados de forma didática. Nesse sentido, o filme se torna um sermão de mais de duas horas, sem um ritmo adequado para uma produção cinematográfica desse porte. A cena com a Sabedoria (Alice Braga) é enfadonha... Se o espectador estiver cansado, o cochilo será garantido, e em sonhos o público poderá também ter um encontro com o Deus apresentado no filme. O bom do filme é o fato dele ser extremamente honesto e não ser apelativo. Os conceitos são apresentados, os descrentes não são julgados, a informação não é manipulada e assim o público não é "forçado" à conversão.

A fotografia do filme estava um tanto quanto azulada, mas certamente por problemas na sala onde o filme foi exibido, que estava com a matiz de cores desregulada. Se a escalação de Sam Worthington foi extremamente equivocada, a vencedora do Oscar Octavia Spencer está perfeita como o Deus Pai. Sempre que ela aparece na tela, o filme ganha força. Também gostei das interpretações do Deus Filho e do Espírito Santo.

Acompanhe o trailer dublado de A Cabana:

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