Drama nacional MMA - Meu Melhor Amigo [Brasil], de José Alvarenga Jr. "Um homem que não luta pela sua família não luta por mais nada nessa vida" fala do personagem de @marcosmion nesse relevante filme sobre paternidade e a inclusão de crianças com espectro autista. Prestigiem o cinema nacional. Ótima sessão especialmente para pais e filhos.
Max (Marcos Mion) é um grande campeão de MMA que está enfrentando o fim de sua carreira, afastado dos combates enquanto se recupera de uma lesão no ombro. Quando descobre ser pai de um menino autista de 8 anos, ele precisa enfrentar dois desafios: compreender o filho, conquistando o seu carinho; e se preparar para a maior luta da carreira, sua última chance de dar a volta por cima.
Amo ter momentos e passar tempo com meus filhos. O fato de não ter tido um pai presente, me deu essa responsabilidade. Um de nossos hobbies preferido é ver filmes no cinema. E como foi surpreendente ver essa sessão de um filme nacional, com fortes referências a franquia Rocky e dando visibilidade de forma muito clara e inclusiva a questão do autismo.
Um dos grandes problemas do filme, é saber que Mion é um paizão. Vê-lo sendo um cafajeste, parece forçado. Mas o roteiro é muito bom nesse sentido, para constranger pais ausentes (há uma chance de por envolver o tema MMA, esses pais verem sem querer o filme). A paternidade é um enorme poder. E com grandes poderes, temos grandes responsabilidades.
Enquanto Mion deixa um pouco a desejar na atuação, o elenco de apoio está muito bem. Especialmente Antonio Fagundes, interpretando o pai do Max e Andreia Horta que esteve muito bem na recente série Cidade de Deus e aqui interpreta uma personagem com profundidade e de modo sensível, sendo a tutora do filho de Max que promove o encontro da criança com o pai.
É um filme sobre pais e filhos, sobre conquista de sonhos, descobertas, sobre lutar as grandes batalhas dessa vida, sobre a coragem necessária para ser pai, sobre usar a raiva como combustível para vencer. Gostei demais do filme e até o Marcos Mion repostou meu registro do ingresso da sessão. Muito emocionante, leva facilmente às lágrimas e é digno de aplausos. Destaco o bom uso da trilha sonora
AmarElo de Emicida, que tem um trecho de Belchior - Sujeito de Sorte e participação de Majur e Pabllo Vittar.
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