Não posso desgostar de um filme visto na tecnologia IMAX, que é um blockbuster hollywoodiano e conta com as excelentes participações de Wagner Moura e Alice Braga. O filme tem seus problemas, mas é digno de ser visto nos cinemas.
A ficção científica se passa em 2159, quando o mundo é dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.
O começo do filme é sensacional, mostrado a diferença de classes, já abordada no filme anterior de Neill Blomkamp, o excelente 'Distrito 9' e com uma discussão política que deveria ter sido melhor aprofundada. No entanto, no segundo arco do filme, ao ser contaminado, o personagem de Matt Damon recorre ao Wagner Moura para ir a Elysium em busca da cura de sua enfermidade e o filme se perde um pouco.
As cenas da Terra foram filmadas em regiões pobres do México, inclusive num lixão, enquanto as da estação espacial Elysium foram gravadas em Vancouver, no Canadá. O visual é lindo, principalmente quando surge o planeta Terra visto de longe. Os efeitos são simples e funcionam. A trilha sonora é apenas correta, nada mais que isso. No entanto, faltou um roteiro mais bem elaborado, com arcos dramáticos mais definidos.
O diretor sul-africano Neill Blomkamp, começou a desenvolver o roteiro de Elysium após olhar uma imagem de uma estação espacial, criada pelo designer Syd Mead. Concluo que os problemas do filme se devem aos produtores, e como Blomkamp ainda é um novato na grande indústria, não teve peso para conduzir a história ao seu estilo. É um bom filme, mas poderia ser muito mais.
Segue o trailer:
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