Raimunda, Raimunda

Na noite do dia 01 de agosto de 2012, fui com o tio Fernando ver a peça teatral 'Raimunda, Raimunda' no Centro Cultural Banco do Brasil. Peça que narra a saga de uma cearense pobre e miserável que parte para o Rio de Janeiro para se formar em enfermagem. O destino lhe acena com a sorte e ela vira “madame”. Esse plot chamou minha atenção

A peça começa com o vídeo da explosão da bomba de Hiroshima. Na seqüência, uma cena em que Ramanda (Duarte) e Ruda, ou 3.1 (Segreto), pairam em um mundo sem oxigênio, sem vida em busca de um paraíso inventado por ela (São Saruê).

Na segunda parte da peça Regina Duarte interpreta Raimunda, uma menina cearense com lábios leporinos que quer ser enfermeira, corrigir a própria boca e, assim, encontrar a felicidade. Com duas amigas, ela parte do sertão para o Rio de Janeiro, vivenciando, no caminho, toda a sorte de desafios. Regina com seus 50 anos de carreira se diverte na personagem. O texto é um épico, de forma que as cenas se organizam como desafios para a heroína na conquista de seu objetivo. 

Tive dificuldade de relacionar as duas partes da peça. Mas como tem cearense em todo lugar, é bem provável que em Hiroshima, havia certamente uma Raimunda presente...

Com texto de Francisco Pereira da Silva. Direção de Regina Duarte. E no elenco: Regina Duarte, André Cursino, Gustavo Rodrigues, Henrique Pinho, Milton Filho, Ricardo Soares, Rodrigo Becker, Rodrigo Candelot  e Saulo Segreto.