Na noite deste 1º de setembro de 2015, vi com a Mariana e o Luca Izahel o drama nacional Que Horas Ela Volta?. Foi a primeira experiência cinematográfica do meu segundo filho, que se comportou bem na sala escura.
Com uma singeleza peculiar, Que Horas Ela Volta? (2015) de Anna Muylaert encanta a plateia ao narrar a história de uma empregada doméstica cativante interpretada com maestria pela surpreendente Regina Casé. Filme fecharia uma trilogia perfeita com O Som ao Redor (2013) de Kleber Mendonça Filho e Casa Grande (2014) de Fellipe Barbosa.
Com uma singeleza peculiar, Que Horas Ela Volta? (2015) de Anna Muylaert encanta a plateia ao narrar a história de uma empregada doméstica cativante interpretada com maestria pela surpreendente Regina Casé. Filme fecharia uma trilogia perfeita com O Som ao Redor (2013) de Kleber Mendonça Filho e Casa Grande (2014) de Fellipe Barbosa.
O longa mostra como muitas vezes os pais delegam para babás o amor, cuidado e atenção que deveriam dar a seus filhos. Além disso, trata-se de um filme absurdamente político, ao mostrar de forma cristalina como os últimos governos passaram a dar oportunidades ao menos favorecidos, causando o furor da alta sociedade que adora bater em panelas quando não costumam sequer ter o trabalho de lavá-las. A diferença de pensamento existente entre Sudeste e Nordeste, que tanto vemos suscitar furor nas redes sociais é exposta na tela grande. Detalhe: tudo isso é mostrado com um humor suave, mas capaz de arrancar gargalhadas.
Val (Regina Casé) é uma pernambucana que deixou o Nordeste e para ganhar a vida em São Paulo, trabalhando como babá e doméstica. No entanto, ela fica longe de sua filha Jéssica (Camila Márdila), que passa, então, a ser criada pela avó. Em São Paulo, Val se estabiliza como empregada de uma mansão e babá de Fabinho (Michel Joelsas). Treze anos se passam e Jéssica vai à São Paulo prestar vestibular e reencontrar a mãe. Mas isso não acontece de forma pacífica, pois a menina não se comporta do jeito que os patrões de Val esperam.
O roteiro que levou 18 anos para ficar pronto, tem uma consistência incomum, de modo que não parece que estamos diante de um filme. A inspiração para a história narrada com perfeição por Anna Muylaert veio da babá que ela teve, e pelo fato dela não querer contratar uma babá quando teve seu primeiro filho. O filme aparenta ser pessoal, mas é capaz de ter identificação no mais diverso público.
O filme foi selecionado para o Festival de Berlim 2015, onde venceu o prêmio de Melhor Filme da Mostra Panorama. As atrizes Regina Casé e Camila Márdila dividiram o prêmio de Melhor Atriz Mundial do Festival de Sundance 2015. Agora é esperar a indicação de Que Horas Ela Volta? ao Oscar 2016.
Confira o trailer de Que Horas Ela
Volta?:
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