Na noite deste 1º de dezembro de 2015, fui ao Cinépolis do Rio Mar conferir o drama A Hora e a Vez de Augusto Matraga de Vinícius Coimbra em sua estreia na direção, baseado no conto homônimo, de Guimarães Rosa e que já foi filmada no filme homônimo de 1965.
Augusto Matraga (João Miguel) é um fazendeiro falido, orgulhoso e violento, que vive acima da lei no sertão de Minas Gerais. Quando é traído pela esposa Dionóra (Vanessa Gerbelli) que resolve abandoná-lo com a filha do
casal, ao receber uma proposta feita por Ouvídio Moura (Werner
Schunemann), faz com que Augusto fique enfurecido e parta
para a casa de Ouvídio, em busca de vingança. Lá ele é espancado pelos
capangas de Consilva (Chico Anysio), que o marcam com ferro e o atiram
em um precipício para morrer.
À beira da morte, Augusto é encontrado por
um casal, que cuida de sua recuperação. Cinco anos depois ele deixa o
local, completamente mudado e agora temente a Deus., e se envolve numa emboscada de seus
inimigos, acaba sendo massacrado e dado como morto. No entanto, ele consegue escapar ao ser salvo e cuidado por um casal e, volta-se para a religiosidade, apegando-se à fé em busca de redenção.
Após se recuperar suas forças, ele ganha a confiança do rei do sertão, um jagunço famoso, Joãozinho Bem-Bem (José Wilker), que percebe nele o
homem violento. Daí em diante Matraga vive o conflito entre o desejo e a
vingança e sua penitência pelos erros cometidos.
O filme tem algumas tomadas belíssimas do sertão mineiro. A parte técnica e as atuações estão excelentes. Lamentável apenas a distribuição do filme não ter lançado o filme em tempo oportuno. Exibido no Festival do Rio 2011, o filme venceu os prêmios de Melhor Longa-metragem de Ficção, Melhor Longa-Metragem pelo Voto Popular, Ator (João Miguel), Ator Coadjuvante (José Wilker), além de prêmio especial do júri para Chico Anysio, mas o filme permanecia inédito aqui em Fortaleza.
Segue trailer de A Hora e a Vez de Augusto Matraga:
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