Animação Flow [Flow, Letónia, Bélgica, França], de Gints Zilbalodis fala muito, sem dizer uma palavra. Em uma indústria que movimenta milhões, conseguir fazer tanto, com tão pouco é algo curioso. Simples, mas sem ser simplório.
Em Flow, o mundo parece ter chegado ao fim, coberto apenas por vestígios da presença humana, mas sem nenhum por perto. O gato é um animal solitário, um dia, enquanto é perseguido por uma manada de cães, vê seu lar ser devastado por uma grande inundação ele se refugia em um barco habitado por uma capivara, tendo que se juntar a elas apesar das diferenças. A animação é fluída, os movimentos são realistas.
Enquanto tentam fugir de toda essa situação hostil, os animais terão que se unir apesar de suas diferenças. Nesse veleiro, navegando por paisagens místicas e transbordantes, eles passam pelos desafios e perigos da adaptação a este novo cenário pós-apocalíptico. Flow acompanha uma aventura por entre as ruínas de um mundo inundado e destruído e os sobreviventes que buscam permanecer à deriva com a ajuda e esperança de cada um.
O roteiro é singelo e nos remete ao melhor do ser humano, a compaixão e generosidade. Há também mistério, desconhecemos o que aconteceu aos humanos, e o que tem ocasionado a enchente. É basicamente uma história de sobrevivência, repleta de valores, tais como a lealdade, compaixão, inocência, esperança.
Um filme que aborda temas universais de maneira sensível e poética, especialmente sobre como a amizade verdadeira prevalece mesmo em situações adversas, e como esses amigos se tornam uma família improvável, em que cada um se importa e cuida um do outro, sabendo lidar com as diferenças.
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