O filme de 1975, que ganhou o Oscar de Melhor Filme, Melhor
Diretor, Melhor Ator (Nicholson), Melhor Atriz (Fletcher) e Melhor Roteiro conta a estória de McMurphy (Jack Nicholson), um criminoso admitido num
manicômio. Ele logo se depara com um universo em que o individuo é
constantemente coagido a confirmar sua imagem de louco pelas autoridades que
dele deveriam cuidar – autoridades estas representadas, sobretudo, pela
enfermeira Ratched (Louise Fletcher). Um Estranho no Ninho é a revolta de
Murphy na sua busca de afirmação e sua tentativa de mostrar aos outros membros
do manicômio que a vida é maior que o confinamento que recebiam. A cena em que ele leva os loucos para pescar é fenomenal.
Certamente este é o mais popular dos filmes de Milos Forman, e
aquele que ajudou a estabelecer sua carreira americana. Vale
destacar que o hoje notório elenco de apoio (Brad Dourif, Danny DeVito,
Christopher Lloyd) teve sua carreira lançada pelo filme. É interessante notar,
ainda, que o romance homônimo de Ken Kesey era, até então, conhecido sobretudo
por antecipar, em 1962, a
imagem que mais tarde seria estabelecida como os “anos 60” . Havia, à época do
lançamento, grande curiosidade sobre uma adaptação do livro, durante a ressaca
do pós Vietnã/Watergate. Um Estranho no Ninho foi um sucesso considerável á
época, levando aos cinemas americanos um público incomum para um filme voltado
exclusivamente para adultos (até hoje, ajustado pela inflação, seria uma das
dez maiores bilheterias americanas de um filme censura 16 anos).
O filme lançou
a carreira de Saul Zaentz, que viria a se especializar em co-produções
internacionais de enorme sucesso e voltaria a trabalhar com Forman em Amadeus e
Sombras de Goya. O outro produtor do filme era um certo Michael Douglas, até
então mais conhecido por ser filho de Kirk Douglas e astro de série de TV. Para mim, foi um prazer ter a oportunidade de ver este filme no cinema.
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