segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Filme: Robocop em Imax


Na noite do dia 24 de fevereiro de 2014, vi com o Márcio o remake "Robocop" em Imax. De lanche, uma kalzone com coca-cola.

É com muito orgulho, que vejo filmes hollywoodianos sendo dirigidos por diretores brasileiros. José Padinha fez um excelente trabalho à frente dos dois "Tropa de Elite" e foi convidado para dirigir a atualização do clássico filme "Robocop - O Policial do Futuro" de Paul Verhoeven.

Apesar de ser "do futuro", o filme clássico acabou ficando datado. Então, a atualização para os dias atuais é válida. O filme apresenta temas importantes como os problemas de segurança pública, os altos índices de criminalidade, a influência da indústria de armas e da imprensa na opinião pública.

O maior problema de Robocop reside no seu final brochante. O lugar comum do patriotismo exarcebado, certamente não foi decisão de Padilha, afinal ele foi pago pra dirigir o filme e sabemos que o poder de decisão cabe aos produtores. Acho que ele foi audacioso nas mudanças propostas. A essência do filme original está presente, especialmente na trilha sonora, mas um mérito ao filme.

Em um futuro não muito distante, 2028, drones não tripulados e robôs são usados para garantir a segurança mundo afora, especialmente no Oriente Médio e nos países de terceiro mundo, incluindo o Brasil...

Apesar disto, o combate ao crime nos EUA não pode ser realizado por eles e a empresa OmniCorp, criadora das máquinas, quer reverter esse cenário. Uma das razões para a proibição seria uma lei apoiada pela maioria dos americanos. A fim de conquistar a população, o dono da companhia Raymond Sellars (Michael Keaton) decide criar um robô que tenha consciência humana e a oportunidade aparece quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, deixando-o entre a vida e a morte.

Conhecemos então o grande protagonista do longa,  o Dr. Norton (Gary Oldman). É ele o fio condutor entre o homem e a máquina. Ele enfrenta o questionamento ético e moral do processo de robotização do ser humano, que prevalece no final, mas infelizmente as atitudes humanas do Robocop não são devidamente exploradas no filme.
A relação com sua esposa Clara Murphy (Abbie Cornish lindíssima em cena) é magistralmente construída, enquanto que com o filho não vemos o mesmo êxito. Alguns coadjuvantes são mal aproveitados, como Maddox (Jackie Earle Haley) e o parceiro Jack Lewis (Michael K. Williams) servem algumas vezes apenas de alívio cômico. E elenco de modo geral está bem.

As cenas de ação são impressionantes e muito bem realizadas. Mas o que me chamou a atenção no filme, foi a questão do livre arbítrio. Deus fez o homem a sua imagem e semelhança, mas concedeu-nos a liberdade para decidir. O homem-robô, não tem esse livre arbítrio, então a máquina passa a predominar em suas decisões.

Com o Padilha é assim, missão dada é missão cumprida. Ele cumpriu bem seu papel e nos entregou um filme bom, bem diferente da bomba que poderia ser. Nota: 8/10.

Segue trailer:

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