Na tardinha deste 22 de janeiro de 2015, fui ao Cinema Dragão Fundação ver o longa nacional Depois da Chuva de Cláudio Marques e Marília Hughes.
O filme se passa no ano de 1984, ano em que nasci, logo tem sua importância para este que vos escreve. Após 20 anos de ditadura, a população vai às ruas exigir a volta das
eleições diretas para Presidente da República, enquanto jovens de 16 anos discutem a criação de um grêmio estudantil.
Trata-se de um ano de
transformação para o jovem Caio, que vive em Salvador. Assim, o longa apresenta a política da época, com a ditadura militar se enfraquecendo, o contexto político das eleições
diretas para Presidente, mistura-se às descobertas do fim da
adolescência.
O filme tem seus momentos interessantes, especialmente quando um garoto de centro, abandona a parceria com um candidato ao grêmio e se junta a Caio, algo comoo PMDB faz em nossa política, mas como um todo, talvez por não ter vivido a época. Ainda assim, pude fazer comparações com meu período de final de adolescência, bem como comparar com os dias atuais e chegar a conclusão de que em 30 anos, nada mudou.
Depois da Chuva foi exibido como "work in progress" nos festivais de Cannes e Bafici,
e depois foi selecionado na competição oficial do festival de Brasília
em 2013.
Venceu o Harlem International Film Festival 2014, realizado em Nova Iorque, na categoria melhor filme estrangeiro. No Festival de Brasília 2013 ganhou os prêmios de Melhor Ator para Pedro Maia, Melhor Roteiro para Cláudio Marques e Melhor Trilha Sonora, essa se destaca com músicas como Corredor Polonês de Patife Band.
Primeiro longa-metragem de Cláudio Marques e Marília Hughes, que já dirigiram seis curtas-metragens juntos. As filmagens deste longa ocorreram durante 5 semanas, entre junho e julho de 2012, no Estado da Bahia. Um bom filme nacional. Nota: 6,0/10,0 - ★★★
Segue trailer:
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