Na noite de 19 de janeiro de 2015, vi com minha esposa o excelente filme Livre (Wild, 2014) de Jean-Marc Vallée. Indicado ao Oscar de melhor atriz para atuação vigorosa de Reese Witherspoon e atriz coadjuvante para a sempre brilhante Laura Dern.
O filme é uma jornada física, mental e espirtitual de uma mulher que decide cruzar o país à pé, enquanto enfrenta seus traumas e lida com os problemas pessoais vivenciados até então. A experiência é fabulosa e encantadora, sendo capaz de emocionar em vários momentos. Cheryl Strayed (Reese Witherspoon) decidiu mudar de vida e vivenciar um momento de intropscção junto à natureza selvagem. Para tanto, após a morte de sua mãe (Laura Dern), um divórcio e uma fase de autodestruição
repleta de heroína, ela se expõe a bolhas nos pés, caminhar entre cobras e raposas, enfrentar o frio, a falta d´água, e o risco de ser estuprada no mato numa trilha de 4.200 Km pela costa do oceano Pacífico, na chamada Pacific Crest Trail.
O trabalho do diretor Jean-Marc Valle é quase que um documentário, acompanhando a viagem de Cheryl Strayed num roteiro bem adaptado por Oscar Nick Hornby do best-seller Livre: A jornada de uma mulher em busca do recomeço
de Cheryl Strayed, lançado em 2012, que narra as memórias da mudança em sua vida, depois de anos de comportamento inconsequente, lidando com o
vício em heroína que ocasionou inclusive a destruição de seu casamento.
É louvável a decisão de Strayed em mudar de vida, especialmente abandonando a vida de drogas e sexo promíscuo. Pena que ela tenha tido de enfrentar tantas coisas ruins, como a perda da mãe, de modo a viver assombrada pela sua lembrança. Ela decide então, mesmo sem nenhuma experiência, trilhar o percurso pedestre que se estende da fronteira dos Estados Unidos com o México até à sua fronteira com o Canadá seguindo os montes mais altos da Sierra Nevada, e o detalhe, sozinha. O longa revela então os medos e prazeres que uma viagem como esta oferece.
Durante a jornada, ela enlouquece, se fortalece e encontra a cura para alma ao olhar para dentro de si e enfrentar suas compulsões e vícios, seus traumas e decepções, literalmente virando a página, ou melhor rasgando as folhas que não lhe são mais úteis.Esse é um ensinamento precioso do filme, demos nos livrar do excesso de peso que carregamos em nossas vidas, com coisas que nos são inúteis.
O autor aos Hebreus, no capítulo 12, verso 1 diz nos orienta a que "livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta".
É louvável a decisão de Strayed em mudar de vida, especialmente abandonando a vida de drogas e sexo promíscuo. Pena que ela tenha tido de enfrentar tantas coisas ruins, como a perda da mãe, de modo a viver assombrada pela sua lembrança. Ela decide então, mesmo sem nenhuma experiência, trilhar o percurso pedestre que se estende da fronteira dos Estados Unidos com o México até à sua fronteira com o Canadá seguindo os montes mais altos da Sierra Nevada, e o detalhe, sozinha. O longa revela então os medos e prazeres que uma viagem como esta oferece.
Durante a jornada, ela enlouquece, se fortalece e encontra a cura para alma ao olhar para dentro de si e enfrentar suas compulsões e vícios, seus traumas e decepções, literalmente virando a página, ou melhor rasgando as folhas que não lhe são mais úteis.Esse é um ensinamento precioso do filme, demos nos livrar do excesso de peso que carregamos em nossas vidas, com coisas que nos são inúteis.
O autor aos Hebreus, no capítulo 12, verso 1 diz nos orienta a que "livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta".
Interessante que no filme, a Cheryl criança é interpretada pela filha da real Cheryl Strayed. Há informações que o diretor do filme cubriu todos os espelhos para que Reese não pudesse se ver durante as filmagens, apesar de ter uma cena vaidosa dela diante do espelho.
O Oscar adora premiar belas atrizes que ficam feias no papel, emagrecem e expõem seu corpo. Reese Witherspoon realizou cenas de nudez neste filme. Ela está muito bem em cena e faz jus a indicação, mas não é superior ao excelente trabalho de Rosamund Pike em Garota Exemplar (Gone Girl, 2014) de David Fincher, por exemplo. Ainda preciso ver os filmes das demais concorrentes, especialmente o trabalho da favorita Julianne Moore por Para Sempre Alice (Still Alice, 2014).
A trilha sonora musical é extremamente importante neste filme. Muitas vezes a canção é cantada pela própria personagem e a ajuda em determinados momentos. A fotografia do filme oferece belas imagens, e a edição descontinuada também é digna de elogios.Nos créditos finais, vemos algumas imagens da verdadeira Cheryl Strayed, que inclusive faz uma participação especial no filme, como a mulher que esbarra na personagem principal no início do filme e lhe deseja boa sorte. A personagem esteve cotada a Jennifer Lawrence, Scalett Johansson e Emma Watson. Fiquei com vontade de fazer alguma trilha por aí, pois prefiro colecionar experiências a possuir coisas. Excelente filme sobre perseverança e autodescoberta. Altamente recomendado. Nota: 10,0/10,0 - ★★★★★
Segue trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Isso! Comente! Faça um blogueiro feliz!