Entre os dias 22 e 24 de outubro de 2015, ocorreu em Fortaleza o Festival da Esperança, com Franklin Grahm, na Arena Castelão. Tive a oportunidade de participar com a família na sexta-feira, 23 de outubro, juntamente com alguns irmãos do Grupo de Relacionamento.
Tivemos grande dificuldade de conseguir informações concretas sobre o evento. O site do evento não ajudava. Sabíamos que era gratuito, mas havia necessidade de um ingresso exibível, que havia sido distribuído. No dia do evento, um pastor em nome da organização vai na TV e avisa: Quem não tem ingresso, não vá ao evento!
Fico impressionado como os cristãos conseguem complicar algo simples... Então afastaram muitos interessados, pelo simples fato deles não terem um pedaço de papel. Como sou macaco velho, e já participei de muitos eventos desse naipe, convenci um grupo de pessoas a ir, mesmo sem o tal ingresso. Chegamos lá, pegamos com um transeunte os ingressos e entramos... Só não podíamos entrar no local onde o ingresso especificava (Setor Roxo, Portão F) Então me pergunto, pra que era o ingresso mesmo? Poderiam ter lotado a Arena Castelão, colocar um público recorde (que pertence a partidas de futebol, que por sinal é um evento muito mais legal que o tal Festival...)
Então continuemos. Chegamos no estacionamento e o cantor local Carlos Rilmar animava o público. Enquanto subíamos as escadas, procurávamos o bendito ingresso, e o devido portão de acesso (que não era o indicado no ingresso) o cantor PG subiu ao palco, cantou 4 refrões e saiu... Teve outras atrações internacionais, inclusive a mais badalada Michael W. Smith, que também cantou apenas 4 canções, distribuiu sorrisos e acenos a quem de longe assistia sua apresentação. O público só podia acompanhar o show das arquibancadas... Ao menos tinha telões em alta resolução. Antes da pregação, um momento de oferta! Isso mesmo, pra ajudar a cobrir os custos altíssimos do evento... Sem comentários.
A palavra foi pregada, uma visão bem interessante da parábola do filho pródigo e no final foi feito um apelo, quando então liberaram o acesso ao gramado... Parecia que milhares de pessoas estavam se convertendo... Entre alguns glória a Deus e uma dezena de aleluia, eu fui com meu filho pisar na grama do Estádio, onde recentemente meu time de futebol não logrou êxito numa partida de futebol... Essa foi a melhor parte da noite! Fiz um lindo registro do meu filho sorrindo ao melhor estilo Boyhood (deitado na grama, como no poster do filme).
Não sei se estou ficando velho ou ranzinza, mas estou cansado desse tipo de evangelho. O que falar das autoridades sentadas no palco durante a pregação. Isso é muito arcaico... Prefiro viver igreja de casa em casa, confessando meus pecados aos irmãos do que ficar iludido com eventos desse porte que se arriscam a bradar que Fortaleza jamais será a mesma depois deste evento... Me poupem!
Ronald, assino em baixo em 200% do que você diz neste texto. Relato franco do que de fato aconteceu ali. Fico imaginando Jesus olhando lá de cima e rogando ao Pai: "Perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem"!
ResponderExcluirAmigo, faço minhas as suas palavras! Só acrescento os milhares de selfies durante a palavra e logo em seguida todos indo ao apelo sem entender nada, sendo levados pela emoção de ir ao gramado, e ainda ouvir: "nunca vi tamanha colheita!". Poupem-me! Vamos espalhar amor na ruas que é melhor!
ResponderExcluir