segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Babilônia


Um caos cinematográfico Babilônia [Babylon, Estados Unidos], de Damien Chazelle [dos aclamados Whiplash - Em Busca da Perfeição (2014) e La La Land - Cantando Estações (2016), e o menos badalado O Primeiro Homem (2018)] apresenta um retrato caótico sobre os excessos de artistas e cineastas nos primórdios de Hollywood no final da década de 1920, quando atores do cinema mudo, sentem na pele as dificuldades de migrar para uma nova vida.


Em 1926, o imigrante mexicano Manny (Diego Calva), ajuda a transportar um elefante para a festa do executivo da Kinoscope Studios. Lá, conhece a atriz Nellie LaRoy (Margot Robbie) e também a atriz Jane Thornton. Durante a festa, Manny passa a ver outros atores em suas versões menos glamorosas. Nellie acaba sendo recrutada para substituir Thornton na Kinoscope e rapidamente começa a ser a nova "it girl" de Hollywood, aparecendo em inúmeros filmes e sendo a mais amada.



Manny também não é esquecido, ele consegue rapidamente ultrapassar atores mais consagrados com a chegada dos filmes falados, já que muitos outros não conseguiram se adaptar a nova mudança. Já Nellie, mesmo sendo uma das atrizes mais famosas de Hollywood, ela acaba se virando para as drogas com as altas demandas de seus produtores.

Admiro demais os trabalhos do Chazelle, mas aqui ele pega o frenezi da edição de Whiplash, com as tomadas de câmera de La La Land e nos coloca dentro do foguete de O Primeiro Homem. Saímos literalmente da merda do elefante, até a sala escura do cinema, onde ficamos admirados com o que um filme pode nos proporcionar, para o bem, ou para o mal. Chazelle nos leva em uma viagem caótica, escandalosa e hedonista, onde temos uma abundância de festas, drogas e sexo entre as estrelas que remete bastante à loucura desenfreada que vimos no espetacular

Então o filme é este conto de ambições exageradas e excessos escandalosos, traçando a ascensão e queda de múltiplos personagens durante uma era de desenfreada decadência e depravação no início de Hollywood. O filme é, ao mesmo tempo, sobre a magia do (fazer) cinema, mas também uma crítica pertinente à indústria. As cenas repetidas, as tomadas de câmera, a decisão do diretor, os trabalhadores por trás das câmeras, tudo é apresentado de forma crua, como de fato deve ser louco um set de filmagem.

Acompanhe o trailer de Babilônia:



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