quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Filme: Depois de Maio

Na noite do dia 7 de novembro de 2013, vi a sessão do filme "Depois de Maio" no cinema de arte.

Ver este filme, após os recentes movimentos sociais em nosso país, mostra como estamos atrasados no aspecto social. A revolução estudantil ocorrida na França em maio de 1968, ainda tem seus efeitos latentes a sociedade francesa. Nossos revolucionários, deveriam ver este filme para perceberem que esse período de suas juventudade, ainda irão cobrar um preço caro.

Embora se passe em 1971, o filme aborda a continuidade do processo revolucionário estudantil ocorrido em maio de 1968, na França. O filme expõe os jovens e os seus anseios de mudança, algo natural para esta fase da vida.

Não fui um jovem tão politizado como esta nova geração facebook que foi as ruas. Mas entendo que o caminho da revulão talvez não seja o melhor caminho. Tanto, que o filme é muito interessante em seu início, mas depois se perde um pouco ao mostrar o desenrolar desse processo na vida de alguns jovens baderneiros, ou melhor revolucionários...

Na vida, pagamos por aquilo que escolhemos ser. E colhemos aquilo que plantamos. Reividincar direitos, é justo, mas impedir o ir e vir, destruir patrimônio público, uso excessivo da força, são coisas inaceitáveis. Tanto por parte dos manifestantes, como por parte da polícia.

O filme  foca em Gilles, um jovem estudante imerso na atmosfera criativa e política da época. Como os seus colegas, ele está dividido entre o investimento radical na luta política e a realização de desejos pessoais. Entre descobertas amorosas e artísticas, sua busca o leva à Itália e ao Reino Unido, onde ele deverá tomar decisões essenciais ao resto de sua vida.
Na minha juventude, priorizei a realização de desejos pessoais. Tanto que me formei com 22 anos, me casei com 23, enquanto que os rebeldes da época, ainda estão à procura de um amor, de terminarem uma faculdade e de estabilidade financeira.

Ao mostrar esse período pós revolução, o filme pode se mostrar enfadonho, mas ele é intrigante. Para trazer mais realismo, o diretor Oliver Assayas optou por trabalhar apenas com não atores, escolhidos enquanto o cineasta passeava na rua. A única exceção foi Lola Creton. No seu final, percebemos tratar-se de um filme autobiográfico, narrando a história do diretor e o caminho que ele percorreu desde a sua adolescencia até chegar ao cinema. Por isso, o filme soa o tempo todo como verdadeiro. Recomendo. Nota: 7/10.

Segue trailer:

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