Na noite deste 28 de junho de 2014, após a sofrida vitória do Brasil sobre o Chile nos pênaltis e fácil vitória da Colômbia sobre o Uruguai, fui com o cunhado Alderi Júnior ver "Transcendence - A Revolução" no novo UCI Cinemas do Shopping Parangaba.
Sala nova costuma sempre agradar. Gostei do formato stadium, da qualidade da tela, mas o ar-condicionado já apresentava problemas, poucos dias depois da inauguração... O pior, passei pelo gerente, que se comunicava pelo rádio com alguém da manutenção e mesmo sabendo do problema, deixou a sessão rolar... A sala estava muito quente e extremamente desconfortável, apesar da poltrona de couro macio e reclinável.
Pra piorar ainda mais a minha inauguração no cinema do shopping Parangaba, o filme desperdiçou uma premissa espetacular e o talento dos atores (especialmente Morgan Freeman e Cillian Murphy) ao apresentar uma história arrastada e cansativa. Uma montagem mais dinâmica talvez fizesse o filme funcionar melhor. Certamente faltou experiência ao Wally Pfister, excelente diretor de fotografia, que dirige aqui seu primeiro filme. Lembrando que ele foi o diretor de fotografia de muitos filmes do Christopher Nolan, que aqui é o produtor.
No longa, conhecemos o famoso Dr. Will Caster (Johnny Depp) que é o mais famoso pesquisador sobre
inteligência artificial da atualidade, que está trabalhando
na construção de uma máquina consciente que conjuga informações sobre
todo tipo de conteúdo com a grande variedade de emoções humanas.
Acontece que pelo fato
de se envolver sempre em projetos controversos, Caster possui notoriedade, mas ao mesmo tempo o tornou o inimigo número 1 dos
extermistas que são contra o avanço da tecnologia - e por isso mesmo
tentam detê-lo a todo custo. No entanto, o roteiro é dúbio ao colocar os extremistas como vilões e no final eles serem os salvadores da humanidade... O filme acaba tendo reviravoltas em excessos e ao tentar ser dramático, se apresenta patético.
Após uma tentativa de
assassinato, Caster sobrevive, mas é infectado com uma bala radioativa e tem poucos dias de vida. Assim, sua esposa Evelyn (Rebecca Hall) e seu
melhor amigo Max Waters (Paul Bettany) testam seu novo invento nele
mesmo. Então, é feito um upload da mente de Caster (uma das mais inteligentes do mundo) num supercomputador que conectado a Internet, se tornaria super poderoso, uma espécie de deus, ao acessar dados pessoais e bancários e com uma espécie de onipresença, ser capaz de causar um colapso num mundo cada vez mais dependente da interconectivade.
Não gostei das explicações dadas pelo filme e muito menos das resoluções dos problemas. As indagações ficam sem respostas, e elas poderiam suscitar um excelente debate, e proporcionar a reflexão sobre os homens que vivem querendo construir seu próprio deus, desejo este que nasceu no coração de Lúcifer, o anjo caído... Não recomendado. Nota: 5,0/10,0.
Segue trailer:
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ResponderExcluirTodos esperavam um sci fi clássico com super-heróis e narrativas de ação e terror. Este thriller de ficção científica mais de 100 minutos, eu gostei. Transcendence é um filme estranho e muito futurista que eleva a curto prazo um futuro muito sombrio para toda a humanidade. A coisa interessante sobre este filme é o debate e o dilema moral que surge quando se discute os limites da ciência e tecnologia. Transcendênce é o primeiro filme que fez Wally Pfister, diretor de fotografia de quase todos os filmes de Christopher Nolan.
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