sábado, 9 de agosto de 2014

Filme: Bem-Vindo a Nova York

Na manhã deste sábado, 8 de agosto de 2014, fui para mais uma sessão do Cinema de Arte, dessa vez para conferir um dos filmes da Mostra Imovision 25 anos, "Bem-Vindo a Nova York". Estava com amigo Sidney Marcus e na mesma sala com figuras impolutas como o jornalista Pedro Martins Freire (responsável pelo  Cinema de Arte) e crítico de cinema Ailton Monteiro, do (www.cinediario.blogspot.com.br), dois grandes experts de cinema de Fortaleza.

Filme baseado no escândalo sexual envolvendo o economista e político francês Dominique Strauss-Kahn também chamado de DSK,  que foi acusado de abuso sexual por uma camareira de hotel em Nova York. Ele acabou detido no aeroporto JFK nos Estados Unidos momentos depois de ter cometido o crime. Posteriormente, acusações anteriores foram levantadas.


Durante todo o julgamento, contou com o apoio permanente da esposa Anne Sinclair, mulher ávida pelo poder e pelo dinheiro, que se mostra ao longo do filme, tão sem escrúpulos quanto seu marido, um viciado em sexo, com problemas inclusive espirituais. O caso fez com que deixasse o cargo de diretor geral do FMI e desistisse de concorrer ao governo da França, onde estava prestes a lançar candidatura.
Abel Ferrara narra a história, utilizando inclusive de algumas imagens verídicas o caso real e nos apresenta o Sr. Devereaux (Gérard Depardieu), homem poderoso que lida com milhões de dólares todos os dias. Um homem impulsionado por uma fome sexual frenética e desenfreada. Um homem que sonhava em salvar o mundo e que não pode salvar a si mesmo. Este é o primeiro filme do diretor que vejo, não me recordo de outros filmes de sua filmografia estrearem em Fortaleza.
O roteiro de Abel Ferrara e Christ Zois permite que ao longo da projeção, o espectador faça o julgamento do caso, e mostra apenas os julgamentos de pedido de fiança e não o julgamento em si, o qual ficamos esperando, mas ao fim do filme percebemos que não era necessário. O elenco está muito bom. Gérard Depardieu está mais Obelix do que nunca, exibindo seu barrigão, inclusive em cenas com nu frontal. Jacqueline Bisset surge numa personagem intrigante, que aos poucos vai se tornando mais desprezível que o personagem principal. 
Algumas cenas estão muito bem filmadas, especialmente quando conhecemos a mente do maníaco sexual, numa espécie de confissão de pecados ao psicanalista. Ao invés de apresentar testemunhas de acusação, Ferrara opta por nos mostrar flashbacks do que ocorreu, excelente recurso, que funciona perfeitamente na montagem do longa.
Abel Ferrara começou a trabalhar na ideia do filme assim que o escândalo estourou em 2011. Conseguindo lançar seu filme  apenas 3 anos após os incidentes mostrados no longa. A temática do filme vem à tona para mostrar uma doença que é mais comum do que imaginamos, o vício pelo sexo, que tem encontrado espaço no cinema, para provocar o debate.
A bíblia diz que o vício escraviza. “Pois cada pessoa é escrava daquilo que a domina”. II Pe 2:19b. Então, se existe algo que está tomando conta de nossa vida, a ponto de não vivermos mais sem isso, certamente estamos escravizados por isso. Muitas pessoas são dependentes de amor e sexo. E isso é um problema real e que precisa ser tratado. Gálatas 5:13  fala que fomos chamados para sermos livres, mas não devemos deixar que essa liberdade se torne uma desculpa para permitir que a natureza humana nos domine. Recomendado. Nota: 9,0/10,0

Segue trailer original:

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