Na tarde e noite do dia 12 de setembro de 2014, eu e minha família conhecemos a Usina de Itaipu, hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Trata-se de uma das 7 maravilhas da engenharia, segundo a lista elaborada pela
Associação de Engenharia Civil dos Estados Unidos, após ouvir
especialistas do mundo inteiro. Responsável por quase 20% de todo o consumo de eletricidade no Brasil
e mais de 90% do consumo paraguaio, Itaipu é gigantesca em todos os
sentidos. Maior do mundo em volume de geração de energia elétrica,
Itaipu é formada por uma barragem de 7.919 metros de extensão e altura
máxima de 196 metros, o equivalente a um prédio de 65 andares.
A
construção consumiu 12,3 milhões de metros cúbicos de concreto,
suficientes para construir 210 estádios de futebol como o do Maracanã,
no Rio de Janeiro. O ferro e o aço utilizados permitiriam a construção
de 380 torres semelhantes à Eiffel, de Paris. O
vertedouro da usina, que tem como função descarregar a água não
utilizada para geração, tem capacidade para verter 62,2 mil m³/s, 40
vezes mais do que a vazão média das Cataratas do Iguaçu.
Além
do gigantismo, Itaipu, desde sua origem, manifestou cuidados com a
preservação ambiental. No período de formação do reservatório, que se
espalharia por uma área de 1.350 km², uma grande operação retirou
animais das áreas que seriam inundadas, para serem devolvidos
posteriormente à natureza, em um dos muitos refúgios biológicos e
reservas criados por Itaipu.
Construída em uma área que já
havia sido devastada, no lado brasileiro, pela prática agrícola, Itaipu
lançou o maior programa de reflorestamento já desenvolvido no mundo por
um empreendimento hidrelétrico, com o plantio de mais de 20 milhões de
mudas de árvores nativas na faixa de proteção do reservatório.
As
ações também compreendem a recuperação de córregos e nascentes em toda a
Bacia do Paraná 3, área de influência direta ou indireta no
reservatório. A usina foi aberta à visitação em 1977, quando ainda estava em obras, a Usina de
Itaipu recebeu, desde aquele ano, cerca de 16 milhões de visitantes,
pelas margens brasileira e paraguaia.
Realizamos a visita panorâmica, pois estávamos com criança, e não é permitido a menores a visita interna. Feita em ônibus de dois andares (double deckers), a visita
conta com paradas estratégicas, para se ter as melhores visitas da
Usina, como no mirante central de onde se observa em destaque a barragem
e o vertedouro.
Os ônibus garantem maior acessibilidade aos
portadores de necessidades especiais e facilitam fazer imagens ou
fotografias. No início do passeio, é exibido um documentário sobre Itaipu, no
cinema do Centro de Recepção de Visitantes. A visita dura
aproximadamente 1h30.
No mesmo dia, à noite, fizemos a visita de iluminação da barragem. Foi uma passeio decepcionante, que diz conta com uma trilha sonora especial, enquanto vemos a
barragem sendo iluminada gradativamente por um complexo de refletores e
luminárias. Ao final, no contraste das luzes com a escuridão da noite, a
usina iluminada parece ainda maior. O visitante acompanha o espetáculo
do mesmo mirante central de onde se pode ver à distância o funcionamento
de Itaipu durante o dia. Eu esperava mais dessa programação!
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