Na noite desse 2 de setembro, tive o privilégio de ver o documentário Vozes da Floresta [Brasil, 2019] de Betse de Paula, que mostra a luta de mulheres indígenas e quilombolas em defesa da Amazônia e da proteção ao meio ambiente, num momento em que as autoridades mais devastam nosso maior bem natural, sendo coniventes com a tragédia ambiental na floresta, graças ao desgoverno federal que não sabe, nem tem interesse de resolver o problema.
Já na cena inicial, somos impactados com o potente discurso da advogada indígena Joênia Wapichana, defendendo, no Supremo Tribunal Federal, a demarcação da Reserva Raposa do Sol, defendendo o direito dos índios à terra enquanto denuncia os ataques sofridos por fazendeiros.
O documentário mostra tanto o cotidiano delas em suas associações, seja catando e quebrando coco de babaçu, palestrando sobre política para mulheres ou viajando à Brasília para protestar no Congressos e manifestações sociais, quanto as ameaças às quais estão sujeitas e cenas explícitas de violência, como o assassinato de indígenas por grileiros em Rondônia.
O filme nos aproxima dos povos das águas, os ribeirinhos, os quilombolas, os da periferia, da cultura e das tradições. São mulheres que enfrentam balas e arames para defender seu direito à terra e de proteger a natureza. Filmado ao longo de um ano e meio, e com cerca de 400 horas de material bruto, o documentário se mostrou bem atual e oportuno ao revelar a urgência dos incêndios que devastam a Amazônia.
Vozes da Floresta argumenta que todos os Governos, à direita e à esquerda do espectro político, falharam nas questões de política ambiental e proteção às comunidades originárias. A diferença é que o atual desgoverno é muito pior que o anterior nessa questão.
Veja trailer de Vozes da Floresta:
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