O filme fez parte do Festival Varilux de Cinema Francês 2012, e eu não tive na época a oportunidade de assistí-lo. É inspirado no livro de Marcel Pagnol, que já tinha adaptado seu próprio romance para o cinema em 1940 (La fille du puisatier), filme francês dirigido por Marcel Pagnol, em plena guerra. O livro e o filme fazem parte dos grandes clássicos populares franceses.
O filme se passa em 1939 e conta a história de Patricia (a linda Astrid Bergès-Frisbey, que esteve no Brasil durante o Festival Varilux de Cinema Francês 2012), a filha do poceiro Pascal Amoretti (Daniel Auteuil, diretor do filme) que enquanto caminhava para levar o almoço para seu pai, conhece Jacques (Nicolas Duvauchelle).
Ela tem 18 anos, ele 26. Ela é uma moça bela e bem educada, ele é um charmoso piloto de avião. Eles se reencontram pela segunda e última vez em uma romântica noite de luar.
Após o encontro apaixonado, Jacques é enviado para combater na Segunda Guerra Mundial. Algum tempo depois, Patrícia descobre que está grávida de Jacques Mazel, jovem aviador, rapaz de boa família, mas seus pais se recusam a reconhecer a criança.
A cena em que Amoretti leva as filhas perante os avós, para solicitar providências relativas ao casamento, em função da gravidez, mas a família Mazel não dá a devida importância ao caso, e Amoretti se sente humilhado, apesar de manter-se honrado.
Seu pai ficará dividido entre seu senso de honra e o profundo amor que sente por sua filha. A princípio, Amoretti expulsa a filha de casa. Mas depois à procura e demonstra todo o amor que só quem avô sabe explicar.
Pouco depois, Jacques Mazel desaparece, pois seu avião sofre um acidente atrás das linhas alemães. Seus pais então procuram alento da suposta perda do filho, no neto até então renegado.
Após o armistício, os Mazel tentam se reconciliar com Amoretti, com muita dificuldade, na esperança de recuperar um pouco do filho na criança que rejeitaram de forma tão desprezível.
Temos então alguns temas interessantes neste filme: o amor proibido, a diferença de idade entre um casal, gravidez acidental, conflito entre famílias e a relação pai e filha. Tudo tratado com bom humor e de forma simples. As soluções surgem paulatinamente, e terminam num final feliz.
Uma falha de roteiro, surge quando Pascal visita sua irmã Nathalie, a jovem cantarola o tema de Romeu & Julieta (1968). Porém, a música só foi composta por Nino Rota décadas depois do período em que A Filha do Pai se passa. Esse detalhe não diminui o filme, pelo contrário, serve é como um ester egg, com referência para o clássico Romeu & Julieta.
Vejam o trailer:
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