quinta-feira, 6 de junho de 2013

Filme: Killer Joe - Matador de Aluguel

Na noite do dia 6 de junho de 2013, estive no UCI Cinemas do Shopping Iguatemi em Fortaleza, vendo o filme 'Killer Joe - Matador de Aluguel', na sua última exibição no Cinema de Arte e acompanhado dos amigos Marcos Barbosa e Obede, comendo kalzone de calabresa com suco de laranja.
O filme é cruel. Violento e sagaz, mas extremamente verdadeiro no que diz respeito ao desamor existente em muitas famílias, fruto de relacionamentos destruídos, a banalização do leito conjugal, o uso das drogas, a falta de carinho na educação dos filhos, etc.

No longa, somos apresentados a Chris (Emile Hirsch), um traficante de 22 anos, que tem seu estoque roubado pela própria mãe. Ele procura a ajuda do pai, Ansel (Thomas Haden Church) que mora com outra mulher (Gina Gershon), que o recebe na calada da noite totalmente nua...

Ele explica ao pai o problema que está enfrentando, e pede dinheiro emprestado, pois se não pagar uma dívida com os traficantes, será assassinado. surge a proposta de contratar, Joe (Matthew McConaughey) que além de ser um detetive em Dallas, é também um assassino por encomenda. O serviço: matar sua mãe para que eles dividam a herança do seguro de vida.

Chris recorre então ao matador de aluguel. Inicialmente Joe recusa, porque só é pago adiantado, mas ele abre uma exceção contanto que Dottie (Juno Temple), a sedutora e misteriosa irmã mais nova de Chris, sirva de "garantia sexual" até o dia do pagamento.

O longa é dirigido com maestria pelo veterano William Friedkin, do recente e excelente 'A Negociação' e do clássico suspense 'O Exorcista' de 1973. No entanto nem só de bons filmes vive o diretor, basta lembrarmos de 'Possuídos'. Neste filme, Friedkin faz excelente uso da câmera, especialmente nas cenas fechadas.

O roteiro do teatrólogo Tracy Letts, que lançou Killer Joe em 1993 e chegou ao circuito off-Broadway em 1998, onde ficou por 9 meses em cartaz, e obteve diversos prêmios. Sua adaptação ao cinema rende um filme tenso e irônico, mas ao mesmo tempo reflexivo.

O elenco encabeçado por Matthew McConaughey, em mais um papel inspirado, e por Emile Hirsch, que tem mostrado ser um ator talentoso. Além de Thomas Haden Church, sempre sóbrio em seus papéis, neste filme funciona como alívio cômico, tamanha sua inocência.  

O filme conta também com Juno Temple num papel ingênuo, mas assustador e Gina Gershon atuando de forma impressionante. Isso sem falar das ousadas cenas, em que ambas aparecem em nu frontal, motivo pelo qual a censura do filme seja 18 anos. 



A trilha sonora não chama atenção, mas os efeitos de som, como o cachorro sempre latindo, a chuva caindo lá fora, ou o isqueiro do matador permeiam o filme, dando-lhe uma característica peculiar....

 
O filme termina de modo chocante, mas expondo a futilidade que a vida humana tem se tornado. Onde assassinatos brutais fazem parte de nossa rotina e as famílias se destróem em seus vícios e prazeres banais. Eu diria que é um filme apocalíptico, cumprindo a profecia de que nos últimos dias, o amor de muitos esfriarão.



Mateus 24:12 diz: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará."

Vejam o trailer:

3 comentários:

  1. O filme realmente é marcante... Faz-nos ficar refletindo por algum tempo!

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  2. O filme realmente é marcante... Faz-nos ficar pensativos por algum tempo!

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  3. Esse dia com esse filme foi espetacular! Condiz com a realidade, e é isso cm q faz ele ser um filme que prende a atenção do início ao fim!

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