domingo, 28 de novembro de 2021

Bosco


Segundo filme da Mostra Competitiva Ibero Americana do 31º Cine Ceará, documentário Bosco (82’. Uruguai-Itália. 2020) de Alicia Cano Menoni mergulha num mundo de solidão vivido por 13 moradores de uma cidade italiana em meios as montanhas, com 123 casas, muitas delas abandonadas ou ocupadas por criação de animais. 


Bosco é uma pequena cidade italiana de apenas treze habitantes, rodeada de castanheiros que a devoram dia após dia. A origem florestal também se impõe como destino. A um oceano de distância, no Uruguai, desde sua cadeira giratória, Orlando, com cento e três anos, nos convida a uma viagem que se torna uma fábula.

O filme acaba sendo uma bela homenagem a Orlando Menoni, avô da diretora, que nasceu em Bosco há mais de um século, e que há muitos anos imigrou para o Uruguai. Sua neta, Alicia Cano Menoni, constrói através deste documentário, uma ponte histórico-afetiva entre Bosco e Montevideo. Durante 13 anos ela captou imagens, depoimentos, sons, e sentimentos que compõem este painel sensorial de lembranças esparsas, sendo quase uma fábula, especialmente em suas cenas finais.

O que esperar de uma comunidade que em pleno século 21, consegue contemplar sua história e levar a vida na tranquilidade que um lugar isolado oferece? O filme trata a morte com o respeito, não permitindo que memórias sejam apagadas ou simplesmente caiam no esquecimento. Vejam o trailer de Bosco:


 

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