Na tarde do dia 25 de janeiro de 2014, vi com o Samuel Araújo o filme que inaugurou o Imax do UCI Cinemas do shopping Iguatemi Fortaleza.
Não obstante o fato de ter ficado com dor de cabeça após a sessão, fico feliz que Fortaleza agora disponha de uma sala com a qualidade Imax. O som é de estremecer as poltronas, a qualidade visual impecável, pena que o filme de estreia tenha sido tão ruim...
O mostro Frankenstein teve origem na literatura, tendo surgido pela primeira vez em 1818, no romance de terror gótico com inspirações do movimento romântico, de autoria de Mary Shelley, escritora britânica nascida em Londres.
Nunca vi o clássico filme de 1931, nem pretendo fazer comparações, pois até que gosto das nouvas roupagens que dão a personagens clássicos, mas todo mundo conhece este personagem e certamente já viu alguma cena dele e muitos conhecem a história do mostro sem alma criado em laboratório. No entanto, como virou moda, o personagem foi adaptado numa espécie de super herói neste longa, sendo o catalisador de uma guerra entre anjos e demônios.
O início do filme resume um pouco da parte clássica da história, apresentando o monstro (Aaron Eckhart) criado pelo cientista Victor Frankenstein (Aden Young) que foi o primeiro ser nascido pelas mãos do homem. Entretanto, pouco após a criação o monstro foi abandonado para ser morto. Revoltado, ele retorna e se vinga do criador, matando sua esposa. O dr. Frankenstein parte em sua busca, mas acaba morrendo durante a perseguição.
Ao retornar à sua cidade natal para enterrar seu criador, o monstro é atacado por demônios, que desejam capturá-lo. Ele é salvo por gárgulas (anjos), que o levam até o local onde vivem: a catedral de Notre Dame. Após ser nomeado Adam (referência ao primeiro ser humano criado por Deus, Adão), pela líder das gárgulas Eleonore (Miranda Otto) , ele resolve ir embora e seguir sua vida. Porém, 200 anos depois, ele descobre o porquê dos demônios estarem tão interessados em capturá-lo.
Eu acredito em anjos que enfrentam demônios num reino espiritual. A bíblia fala no livro de Daniel, que Deus ouviu a oração de Daniel e mandou um anjo em resposta, mas este perdeu 21 dias guerreando com demônios, até que Miguel (um arcanjo) viesse auxiliá-lo a derrotar o demônio. Daniel 10:12-13
Aliás, a fisionomia dos anjos, foi o que mais gostei no filme. Eles não são angelicais (exceto Eleonore). Eles são verdadeiros guerreiros, ou figuras grotescas que decoram a catedral de Notre Dame. Em antigas construções, as gárgulas para escoar água eram esculpidas, quase sempre representando
figura grotesca. Os gárgulas protegem os seres humanos dos demônios. Esse paradoxo é interessante.
Frankenstein não tem alma. Então ele não aceita fazer parte dos gárgulas e defender os humanos, tampouco guerrear ao lado dos demônios. Ele fica no limbo em meio uma guerra espiritual. Vivemos uma guerra espiritual todos os dias. Infelizmente, muitos seres humanos, agem como se não tivessem alma, pois não querem ajudar ao próximo (ser um anjo), tampouco fazem mal aos outros (como os demônios). Lamentavelmente existem muitos "cristãos-Frankenstein".
A história do filme é fraca, o ritmo do filme é insuportável, pois chega a ser cansativo ao longo de apenas 95 minutos, e os efeitos especiais são apenas comuns. O roteiro é confuso, com muitas viagens no tempo, o interesse amoroso do personagem principal não cola, e o vilão não mete medo nem numa criança. Aliás, as maquiagens dos demônios estão risíveis. Para completar, as atuações não estão boas. É compreensível o fracasso que está sendo a bilheteria do filme. As cenas das batalhas é o que de melhor o filme tem a oferecer.
O diretor estreante Stuart Beattie trabalhou anteriormente como roteirista na franquia Piratas do Caribe (2003-2011) e em outros filmes razoáveis, como "G.I. Joe: A Origem de Cobra" (2011), "Austrália" (2008), "30 Dias de Noite" (2007). Na minha opinião, seus melhores roteiros foram "Fora de Rumo" (2005) e "Colateral" (2004).
Segue trailer:
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