sexta-feira, 1 de outubro de 2021

DNA


Comédia dramática DNA (2020) de Maïwenn, se mostra um filme bastante pessoal da diretora em busca de suas origens, depois da morte do avô que a criou, a cineasta decide investigar o passado e descobrir suas raízes argelinas... Ultrarrealista de aparência documental, com uma câmera na mão deslizando entre a meia dúzia de rostos reunidos, acompanhamos uma história densa e poética.


O longa francês conta com um elenco invejável, a começar pela própria diretora, muito confortável em cena (vide a imitação de Amy Winehouse). Na trama, conhecemos Neige (Maïwenn), divorciada e mãe de três crianças, ela visita regularmente Emir, seu avô argelino, vivendo agora num asilo para idosos. Ela adora e admira aquele homem que exerce o papel de sustentáculo da família, sendo aquele que a criou e que sobretudo a protegeu da atmosfera tóxica que marcava o relacionamento com os pais. As relações entre os muitos integrantes da família são complicadas e a morte do avô acabará por desencadear uma tempestade familiar e uma profunda crise de identidade em Neige.

O filme apesar de denso, é leve e ri de maneira surpreendente dos trâmites dos ritos funerários, desde a escolha do caixão, do tecido interno, da trilha sonora do velório, dos símbolos ao redor do cadáver e proporcionando uma mistura generosa entre humor e melodrama.

O primeiro ato do filme é genial. Somos contagiados com o impacto que o patriarca gera na família e as reações com a sua morte. Quando o filme parte para a investigação das origens da neta, o filme perde um pouco, mas não se torna tão grandioso quanto poderia ser. O final quando a personagem se encontra, se torna apressado, encerrando a jornada de auto descoberta proporcionada.

Segue trailer de DNA:



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