Na noite desse 31 de agosto de 2019, fui ao Cine Ceará e conferi a Premiere de Maria do Caritó [Brasil, 2019] de João Paulo Jabour. Antes da exibição do filme, a atriz Lilia Cabral foi homenageada recebendo das mãos do ator José Loreto, o Troféu Eusélio Oliveira.
Em sua fala, Lilia Cabral relatou no palco do Cine São Luiz, que fizera menos filmes do que gostaria, e que estava ali, muito feliz e agradecida, por receber troféu por sua trajetória artística. Por fim, alfinetou que: “os governos passam e a cultura fica”.
A comédia dirigida pelo estreante João Paulo Jabour e realizado a partir de peça teatral que o pernambucano Newton Moreno escreveu especialmente para Lilia Cabral, e que ficou cinco anos em cartaz, tamanho o sucesso alcançado, tem humor ingênuo e inofensivo, mas que acaba nos levando a comparar com a situação política que vivemos, onde os cristãos se envolvem com a política, unidos com a bancada da bala para atender interesses escusos.
Cansada da vida solitária que leva, Maria (Lilia Cabral) sonha em encontrar um verdadeiro amor. Prometida pelo pai para ser entregue virgem a São Djalminha, um santo de quem ninguém nunca ouviu falar, só mesmo um milagre poderia ajudar. A única certeza que Maria tem é que, custe o que custar, ela precisa desencalhar e sair de uma vez desse Caritó.
O filme apesar de ser uma comédia de formato televisivo, daqueles que deve ser exibido no formato de minisérie na TV, mas destaca-se pelo ótimo elenco, pela fotografia com belas imagens externas, de pastagens, igrejas e, em especial, de uma linda ponte ali do interior de Minas Gerais. O roteiro tem alguns achados de Newton Moreno, como a canção “hino da solteirona virgem” que é muito divertida. Então, sem apelações escatológicas, com boa trilha sonora e um delicado final libertário, é capaz de agradar até as feministas de plantão.
Segue trailer de Maria do Caritó:
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