quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Jackie


Drama Jackie (Chile/França/EUA, 2016), de Pablo Larraín, diretor chileno dos elogiados No (2012) e O Clube (2015) apresenta quatro dias da vida de Jacqueline Kennedy (Natalie Portman), quando inesperadamente ela fica viúva, e lida com o trauma do assassinato de seu marido, o então presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy. Ou seja, não se trata de uma biografia.

A atriz  vencedora do Oscar por Cisne Negro (2011) de Darren Aronofsky (que é um dos produtores deste filme) faz aqui um excelente trabalho vocal para imitar a peculiar fala de Jackie, que foi a mais icônica ex-primeira-dama dos Estados Unidos e que ficou conhecida pelo resto do mundo. No entanto, apesar da boa atuação de Portman, o filme é enfadonho, um tanto quanto lento e o jeito de Jackie falar acaba incomodando ao longo da projeção, assim como seu gestual, uma vez que todo o foco do filme é para Portman.

Gostei da montagem que intercala inclusive algumas imagens documentais entrecortadas com as cenas filmadas, mas perdi o interesse pelo filme quando Jackie afirmou que fez do enterro do marido um espetáculo para que ela pudesse ser vista, a ponto de transformar toda a exposição que teve para transformar a história dos Kennedys numa verdadeira fábula. O roteiro de Noah Oppenheim dá a devida atenção para as relações de poder, a opinião pública, e inclusive para a reconstituição da época, mas não podemos esperar muito de quem tem no currículo filmes adolescentes da Série Divergente e Maze Runner.

Confira o trailer de Jackie:

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