quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Ana e Vitória



Romance musical Ana e Vitória (Brasil, 2018) de Matheus Souza parece uma cinebiografia que narra o encontro de Ana Caetano e Vitória Falcão em uma festa no Rio de Janeiro, marcando o início da dupla que tem alcançado sucesso com suas canções repletas de poesias. Confesso que gostava mais da dupla antes de ver o filme, pois percebendo a má influência que elas transmitem pra uma geração de adolescentes, pois não acho elas sejam boas referências para serem admiradas.



As duas meninas que decidiram cantar juntas, precisam aprender a lidar com a fama, ao mesmo tempo que ainda estão tentando encontrar quem elas realmente são. São descobertas por um empresário carioca, o produtor Felipe Simas (Bruce Gomlevsky) e chegam rapidamente ao estrelato. Ana está em busca do amor de sua vida e Vitória em busca de um amor livre e sem amarras.

O filme não aborda as famílias das jovens, exceto numa cena em que desvalorizam totalmente a opinião que a mãe de Ana teria em relação ao seu comportamento. As origens em Araguaína, Tocantins e o tempo em que elas estudaram juntas são apenas citados pelo roteiro sem um aprofundamento necessário. Elas refletem exatamente o que as últimas gerações tem acompanhado nas novelas globais, sobre desamor, relacionamentos fúteis e sem compromisso, a prática do lesbianismo e uma vida de depravação sexual assustadora para jovens tão bonitas e talentosas.

Como atrizes, Ana e Vitória são excelentes cantoras. Fica perceptível o texto decorado, a fala ensaiada, as cenas não ocorrem de maneira natural. Parece que o objetivo do filme era expor a intimidade das garotas. Sinceramente, gostaria de vê-las num palco, não saber o que elas fazem num quarto de hotel... Ou quantos parceiros sexuais cada uma possui.

Os números musicais do filme estão irrepreensíveis, especialmente o lado fantástico que engloba novas tecnologias. Fica ao final do filme, a sensação que estamos diante de uma tela de celular, vendo clipes e imagens que não nos agregam nada de valor. Fiquei constrangido de levar meu filho de três anos para a sessão. Não recomendo.

Veja trailer de Ana e Vitória:

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